━━━ DOIS, assassinos
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⠀⠀⠀POR UM MOMENTO ROWE JUROU QUE ESTAVA SONHANDO, jurou que tudo aquilo era mentira — mas quando seus pés tocaram no carpete de um hotel quatro estrelas de Quântico, ela sabia que era totalmente real.
Pela manhã, o prédio do FBI era cinza e o silêncio torturante — todos se reuniram em uma única sala, rodeando uma mesa circular em frente a um quadro de provas.A curiosidade dos outros agentes era tão evidente que chegou a lhe incomodar por um segundo, eles não sabiam disfarçar ou Nora era muito boa no que fazia.
– Essa é a estagiária... — Murmurou Aaron, que acabara de adentrar a sala. – Agente Rowe. — Ele se corrigiu, recusando-se sentar.
– Prazer, vim de Manhattan por um... Tempo. — Ela sorriu tentando conter suas pernas ansiosas que balançavam, esse era seu pior defeito.Escolher um jeito de não parecer tão interessada em tudo naquele quadro de provas foi difícil até mesmo para Nora, já que ela presenciara muitas dessas coisas ainda adolescente — dificilmente ela admitiria, mas já invadira o notebook da mãe só para saber de casos da corte judiciária de NY — e agora ela não precisaria ter observar aquilo por horas com medo de ser pega.
Jareau, com um grampeado de folhas nas mãos, começou a falar de forma serena chamando a atenção de cada um daquela sala.
– Esse homem mata garotas em banheiros de casas noturnas. — Disse ela, passando um slide que mostrava explicitamente duas garotas no chão cobertas de sangue — uma cena que reviraria o estômago de qualquer cívil, mas para todos naquela sala, não era de se expressar algo. – Encontraram dois tipos de armas do crime, cintos e cordas. Até o momento só se sabe que ele assassinou cinco garotas, e só duas foram identificadas. Jessica Holland e Silvia Chainstan, ambas com vinte anos e loiras.
– Temos um padrão então? — Um dos agentes, provavelmente Morgan — Nora ouviu alguém o chamando assim —, questionou recebendo desaprovação geral;
– As outras três vítimas eram negras.
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ELA NUNCA PENSOU ESTAR NAQUELA POSIÇÃO, não necessariamente se imaginou sentada no jatinho particular do FBI, como também nunca chegou a imaginar apta a ajudar uma equipe tão boa quanto aquela.
– A família da primeira vítima é sueca, sem chances de conseguirmos falar com eles. E eu não consegui contatar nenhum dos tradutores regionais. — Jennifer parecia ser a única que falava em todo o momento que Rowe estava ali;
– Eu posso tentar a tradução a partir de um dicionário. — Spencer murmurou apreensivo, quase todos ali sabiam que por mais esperto que ele fosse, iriam haver muitas dificuldades;
– Eu fiz aula de sueco e francês com quinze anos. — Disse Nora, sem intenção de parecer arrogante, e por um momento desejou nunca ter aberto a boca. – Na verdade, nem sou tão boa assim, mas posso ajudar.– É claro que vai ajudar, a primeira regra do FBI que você tem que aprender é que você não pode se martirizar por ter experiência. — Gideon abaixou o óculos de leitura por um momento, o rosto de Spencer agora era indescritível — ela não o conhecia por mais de 72 horas e já sabia que estava cercado de pessoas que aceitavam suas falas e não tentavam impedi-lo de qualquer forma.
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LET ME, spencer reid
Fanfiction⠀...onde mesmo sem entender a si própria, nora tentava quebrar a barreira que spencer criou para proteger seus sentimentos, esconder suas memórias e se livrar de seus segredos. ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀ plágio é crime! cover by etwrnal graphics by me ©𝐬𝐭𝐲𝐥𝐞𝐬�...