|Capítulo 3

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— É impressão minha ou a Ellie ficou ainda mais bonita desde a última vez em que a vimos? – Theo solta, assim que entra dentro de casa

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É impressão minha ou a Ellie ficou ainda mais bonita desde a última vez em que a vimos? – Theo solta, assim que entra dentro de casa.

Agatha bate no ombro do marido, prendendo o sorriso, enquanto eu apenas o encaro, terminando de secar minhas maos no pano de prato e o coloco sobre o ombro.

— Quer engolir os dentes agora, palhaço? – Questiono, vendo ele explodir em uma gargalhada.

Theo e Agatha são padrinhos dos meus filhos, e todas as vezes em que ele vê a minha primogênita é essa tribulação, Elena fica absurdamente vermelha, Chris acha graça junto com o padrinho, Agatha bate nele, Thomas – o seu filho de 14 anos revira os olhos e a leva para longe das vistas do pai, como o bom amigo que é, enquanto eu apenas o observo, querendo colocá-lo para fora.

Mas sei que a Valen não irá gostar.

— Já disse para parar de mexer com a Ellie, Theo. O Christian vai te jogar pela janela, qualquer hora dessa. Fica esperto. – Falando nela...

Valen deixa o loiro avisado.

Não me levem a mal, gosto desse abençoado, mas tem horas que ele irrita. Será que fui claro em minha explicação?

É um sentimento de "amo, mas não mexa com a minha filha, ou eu te expulso daqui". Mais ou menos isso.

— Fica tranquilo, Christian. Estou apenas brincando com a minha afilhada. – Abre um largo sorriso para mim. — Trouxe presentes, filho! – Ele avisa ao Chris, que continua rindo de todo aquele circo.

Bem a cara do padrinho.

— Espero que seja bom, tio. Natal passado o senhor me deu uma bola de futebol americano, sendo que eu jogo hóquei.

Sorrio.

— É tudo esporte...

Deixo os dois discutindo sobre esporte e suas ocupações e retorno a cozinha, onde encontro Agatha ajudando Valen a por a mesa ali mesmo, como seriamos apenas nós, não teria razão de levarmos o café da manhã para a sala de jantar.

Ajudo-as e volto a reunir as louças para coloca-las na máquina.

Valentina chama os outros para tomarem café e rapidamente a cozinha enche. Os três jovens, e nós quatro adultos. Era assim que passávamos boa parte dos meses do ano.

Agatha por ser sozinha, após a morte da Sam, ela e o Theo sempre vinham aqui para casa, para estarem junto com a minha família. Era a forma deles sentirem-se acolhidos, pois o Theo também não tinha família.

As visitas aumentaram quando o palhaço em questão, aposentou-se do FBI e a esposa deixou o serviço de investigadora particular, após o nascimento do pequeno Thom. Era perigoso demais.

Com a morte da Sam, ela deixou tudo o que tinha para a sobrinha, depois de muito relutarem, pois aquilo era a vida da tia, depois dela ter deixado o FBI, ambos resolveram assumir a administração do Wolves e hoje, eles ampliaram o lugar, o que chamou ainda mais a atenção dos moradores locais, tornando-o ainda mais badalado e bem-conceituado.

Tenho orgulho das pessoas incríveis que escolhemos como padrinhos dos nossos filhos. Os dois cresceram muito como pessoas nesses últimos anos, e é lindo ver o quando o nosso Deus trabalha, deforma perfeita e grandiosa.

Nenhum dos dois o conheciam, assim como eu, mas foram alcançados pela graça do Pai, pouco tempo depois do meu casamento com a Valen.

A minha amada esposa nos ensinou muito bem o caminho em que deveríamos andar.

— O que tanto você olha para mim, Collins? Não vai me dizer que depois de velho, está se apaixonando por mim! – Theo brinca, tirando-me dos meus pensamentos.

Abro um pequeno sorriso.

— Estava pensando em como Deus age de forma grandiosa e perfeita.

Ele assente, concordando.

— Eu o agradeço diariamente por ter conhecido vocês. Por ter me dado a oportunidade de ter uma esposa e filho maravilhosos, amigos verdadeiros e afilhados que são tão meus filhos, quanto são seus. – Diz emocionado.

— Eu sabia que deveria ter gravado para jogar essas palavras na sua cara depois. – Debocho, vendo ele recuperar sua pose de sarcástico de sempre.

— Eu sei o momento certo de dizer as coisas bonitos, amigão.

— Okay, já que estão animados, qual dos dois vai fazer a oração para podermos comer, daqui a pouco já temos que levantar para começamos os preparativos para mais tarde. Não vou ficar até a noite arrumando as coisas. – Agatha reclama, nos fazendo rir.

Theo inicia uma breve oração em agradecimento pelo dia de hoje, pelo alimento e por nosso fôlego de vida, e logo em seguida começam a comer, enquanto beberico meu café, observo com carinho os rostos a minha frente e faço um agradecimento mental ao meu Deus por ter me dado muito além do que um dia pedi.

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Feliz Natal atrasado.
Que Jesus venha ser sempre o centro das nossas vidas, nossas motivações diárias e da nossa alegria.

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O Natal da Fera [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora