PDV Isabella Swan
Aqui estou eu na sala do meu novo lar, meu apartamento em Pimlico uma parte calma e conveniente de Londres. Mais uma vez lembrando da Ângela, a única amiga de verdade que fiz enquanto morava no orfanato. A Ang estava sempre comigo, e me ajudou bastante quando finalmente ganhei minha “liberdade” , isso foi a exatos cinco meses atrás. Consegui graças a ela um emprego de atendente em uma cafeteria que fica a duas quadras mais ou menos do meu cantinho. Cantinho esse que eu consegui comprar graças a venda da casa onde eu morei com minha mãe e minha avó, eu não conseguiria viver naquela casa com todas aquelas lembranças. Cada dia que passa eu sinto mais falta delas, a vida foi tão cruel comigo levando—as de mim tão cedo, de forma tão dolorosa. Fazia um tempo, mas a dor estaria sempre aqui. Enxuguei as lágrimas que sempre caiam automaticamente, e me arrumei para mais um dia de trabalho. Vesti um jeans simples e uma camisa branca. Meu look preferido. E claro, meu all—star surrado que já estava pedindo outro. Eu amava isso. Devido ao frio eu tive que acrescentar também um sobretudo e luvas se não quisesse virar um picolé.
Eu estava no balcão conversando com Nate enquanto o movimento se mantinha leve. Lá fora o frio está congelado. A maioria dos clientes chegava com casacos grossos, as mãos protegidas com luvas e os pés com botas. De longe eu pude ouvir o burburinho, e eu soube logo que o nosso cliente vip havia chegado. Nate sussurrava: ele é tão lindo, eu criaria sua filha com muito prazer.
—Ai Nate, pare de secar o cara, por favor! – Ela me irritava muito com esse falatório por causa desse cliente.
—Credo Bella! Se você parar pra reparar nele verá que é um verdadeiro Deus grego. — Ela riu como se tivesse alguma graça nisso. Argh.
—Eu estou aqui para trabalhar e não para dar encima dos clientes Nateline, e você deveria fazer o mesmo. Vou atendê-lo hoje, fique ai. — Deixei-a em seu devido lugar e fui atender o “vip”. Eu queria ver de perto se ele realmente era tudo o que se falava por aqui.
Aproximei-me de sua mesa pronta pra perguntar seu pedido, mas travei na metade do caminho quando percebi que ele me olhava. Senhor que homem é esse? Que olhos verdes sedutores são esses? Acabei de morrer. Coloquei a mão no peito e continuei meu percurso. Ajeitei a postura e cheguei até sua mesa.
—Bom Dia senhor! Qual o seu pedido? —Perguntei tentando normalizar meus batimentos. O cara é o homem mais lindo que já vi.
—Bom Dia senhorita! — Respondeu sorrindo torto e eu quase me desequilibrei. —Hoje eu desejo um café puro e bem forte, noite mal dormida, sabe como é.
Deus! Se ele teve uma noite mal dormida e está lindo desse jeito, imagina quando ele dorme as horas necessárias? Não quero nem imaginar. Realmente ele era tudo o que se falava aqui e muito mais, com certeza.
—Certo senhor, aguarde só um instante que já trago o seu café. Tem certeza que só deseja um café? —Ele me olhou e eu esperei sua resposta o encarando também.
—Sim senhorita, obrigado! Quero que você me atenda todas as manhãs! — Juro que o ouvir sussurrar essa ultima parte, mas pensei ser a minha louca imaginação. Se ele continuasse a me olhar assim eu não duraria muito nesse mundo.
Sai em busca do seu pedido e Nate logo grudou ao meu lado.
—Isabella do céu ele não parou de te olhar mulher, eu sempre fico nervosa quando atendo ele. Como você ficou? Ele não é lindo? — A boca dessa criatura definitivamente não tinha filtro.
—Nossa Nate, não sei porque tanta agonia, ele é um homem bonito como qualquer um. —Falei como se não me importasse, mas eu tava morrendo por dentro, pois ainda voltaria a sua mesa para entregar seu café.
—Ai Bellinha como você é boba, ele secou você. Acho que se interessou pelo seu corpinho, se eu fosse você cairia matando no cara. Eu não deixaria um desses passar. — É claro que ela não deixaria. Ângela também não. Eu deixaria?
—Estou aqui a trabalho não é? Agora me deixa levar o café do Deus grego. —Sorri e peguei a bandeja com seu pedido.
—Está admitindo que ele seja o mais lindo desse café Isabella? Estou de olho em você! — Ela não perde uma mesmo.
O Deus grego havia ido embora, me deixando de perna bamba no meio do salão. Sua voz... Essa sim era magnífica! Não sei como explicar, mas só de ouvi-lo agradecer e ouvi-lo dizer o meu nome que acredito ter visto em meu crachá eu fiquei sem ação. Agora deitada em minha cama pronta pra dormir eu estou sim pensando no cara mais lindo que já vi.
Eu sequer sabia seu nome, mas ele povoava minha mente arrependida de ter ignorado os comentários das meninas do café e nunca ter me interessado em conferir aquilo tudo de perto. Faltavam alguns meses para Ang completar seus dezoito anos e sair do orfanato. Fizemos um trato antes de eu sair de lá. Ela viria morar comigo já que éramos quase irmãs e não tínhamos parentes. Assim não ficaríamos sozinhas.
Lembrei que o engravatado gostoso havia sussurrado que queria que eu o atendesse todo dia. Ele realmente disse isso? De qualquer forma eu iria atendê-lo sim. Eu só precisava perguntar seu nome da próxima vez, e pensando nele acabei caindo em um sono profundo.
(Cinco e trinta da manhã)
Acordei toda amassada e assanhada, com a maior preguiça do mundo. Levantei ás pressas me arrumei rapidamente. Lembrando que hoje eu perguntaria o nome do meu cliente, acho que não seria ousado demais não é? Pelo que a Nate falou ele pareceu interessado, o que eu duvido muito, mas eu iria de todo jeito perguntar seu nome hoje. Pelo que ouvi Nate falar ele tinha uma filha, mas não era casado. Isso me deixou curiosa também, mas ficaria para outro dia. Comi algo rapidamente e segui rumo ao café, agradecendo por ser perto de onde moro e assim eu chegava rapidinho. Cumprimentei as meninas e comecei a arrumar tudo, porque logo os clientes começariam a chegar. Todas as manhãs eles estavam ali lendo o jornal do dia e tomando um café. Uns passavam rapidinho, só compravam e ia tomando no caminho, outros comiam e conversavam, até algumas crianças tinha por ali. Coitadas, acordam tão cedo. Arrumei tudo e logo os primeiros começaram a circular pelo salão escolhendo seu lugar de sempre. E eu estava atenta esperando o meu preferido chegar. Depois de atender alguns, como se algo me chamasse olhei para a porta e ele estava lá...
Continua...
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À Procura da Felicidade
FanfictionSinopse Quando você está procurando a felicidade tão almejada é tão difícil de ser encontrada, é como estar perdido, não saber por onde começar. É uma vida sem pé nem cabeça. Um caminho precisa ser escolhido e eles irão escolher. É daí que surgirão...