À Procura da Felicidade

Decisões, Decisões...

Boa Leitura!!

PDV Isabella

Edward tinha viajado hoje e eu já sentia uma puta falta dele, pode isso? Jesus! Eu nunca fui tão dependente de alguém. Eu estava acostumada a ser sozinha mesmo. Nunca pude contar com ninguém, nem amar tanto alguém. E hoje eu não consigo me imaginar sem eles, o Edward e a Mabelly. Algumas pessoas, a maioria delas, podem até pensar que isso é doença, que não é normal depender de alguém assim. Mas se colocando no meu lugar, sem pais, sem família, e depois de alguns anos solitária e encontrar alguém tão maravilhoso como Edward e como sua família, sim eles são tudo em minha vida, não me imagino mais sem eles e pra mim isso é muito normal.

Algumas horas depois ouvi meu celular tocar, e era uma mensagem do Edward, sorri e respondi. Ele iria me ligar mais tarde e havia chegado bem, graças a Deus. Sorri boba para o nada. Ainda soltei um suspiro apaixonado. Pessoas apaixonadas são muito bobas, mas também são completas de uma forma que ninguém consegue ser sozinho.

Estávamos juntos há alguns meses, porém nos amávamos como se estivéssemos juntos á muito tempo. Era algo fora do comum, e eu gostava disso, e muito. Nunca gostei de ser normal e na verdade, nunca fui mesmo. Enquanto eu divagava na cozinha fazendo o almoço e pensando em como a minha vida estava indo por um caminho maravilhoso, senti alguém segurando minhas pernas, mas precisamente duas mãozinhas gordinhas e trelosas. Minha filha postiça estava crescendo bastante, já andava um pouco, mesmo que com medo eu podia dizer que ela andava sim, e falava umas poucas palavrinhas. Eu a tinha como minha, temos uma ligação maravilhosa, estamos cada vez mais ligadas como mãe e filha. Eu a amo como uma e sinto que ela me ama como se tivesse saído de mim. Na verdade não importa se ela saiu de mim ou não. Nós somos uma da outra e ponto. Me deixa muito feliz saber que todo esse sentimento puro é recíproco. Não tenho palavras pra dizer o que sinto quando ela me chama de mamãe. É algo inexplicável e eu sempre me emociono feito uma mamãe coruja que sou. Ela me olhou como se procurasse algo, e eu sabia o que era esse algo. Era seu pai, que geralmente falava com ela antes de sair para trabalhar, mas como ele saiu muito cedo, claro que ela estava dormindo e não viu quando ele foi lhe dar um beijinho antes de ir. Algumas noites que eu dormi aqui pude ver o Edward se despedindo dela pela manhã. Confesso que achei fofo. Ele é um pai maravilhoso, ou melhor, um homem maravilhoso em todos os sentidos. Peguei-a no colo falando que o papai tinha viajado e só voltava daqui alguns dias, ela deitou a cabecinha em meu ombro e ficou brincando com alguns fios do meu cabelo. Meu coração doeu, ela era muito grudada no papai, e eu também, por isso eu a entendia muito bem.

—Não fique triste meu amorzinho, daqui a pouco ligo pro papai e você fala com ele ta bom? —Falei olhando-a e ela sorriu. —Te amo tanto bebê, meu coração é todo seu. Você e seu pai são dois anjos que me completam e me fazem imensamente feliz.

—Beia, ama. —Bebê ama Bella também? Falei, sorrindo. —Que linda! Você está crescendo tão rápido, já ta virando uma tagarelinha. —Distribui beijinhos por todo o seu rosto, deixei as coisas no fogo e fui pra sala ligar pro papai, não aguentei esperar.

Não demorou muito pra ele atender. Apenas alguns toques e logo pude ouvir uma voz do outro lado, voz essa que não me agradou nada. Era uma mulher! Perguntei pelo meu namorado e a estúpida do outro lado disse que ele estava tomando banho. Tomando banho! Sério isso? Ah Edward eu te mato! Pedi que avisasse que eu havia ligado e desliguei. Fervendo, eu estava fervendo! Tinha como não pensar merda? A mulher disse que o MEU namorado estava no banho... isso quer dizer que ela está no quarto esperando ele sair do banho? Minha cabeça estava fervendo, pensando em mil formas de matar o Edward. Droga! Belly estava ainda em meus braços brincando com meu cabelo e cochilando de novo, ela estava quietinha porque está sentindo falta do pai mesmo. Eu nem percebi que tremia, enquanto balançava a criança tentando me acalmar.