Epílogo

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PDV Bella

—Edward corre aqui! —gritei impaciente.

—Oi amor, não se estresse, faz mal para o bebê.  — meu Deus porque esse homem não corre?

—Não quero saber Edward. Eu to gorda igual uma orca, não consigo me levantar daqui, me ajuda.     —falei tentando soar calma dessa vez.

—Você não está gorda meu amor, você está linda, muito linda, carregando nosso menino precioso entendeu? — Edward é lindo, como eu sou sortuda, senhor.

Eu estava uma chata, com meus sete meses de gravidez. Sinceramente eu não sabia como Edward conseguia me aturar. Até minha Belly com seus seis aninhos, corria de mim. Se eu já era um saco antes, agora com esse hormônio de grávida eu estava insuportável mesmo. Meu marido é o cara, sempre digo. No momento eu estava em casa sem fazer nada, segundo Edward eu precisava deixar o trabalho e ficar em casa cuidando do meu menino esperando ele nascer, e cuidando também da nossa menina. Eu graças a Deus tinha terminado minha graduação, estava trabalhando em uma clínica muito conhecida e sou uma ótima psicóloga. Minha amiga Ângela casou com um colega de faculdade chamado Junior, aquela dali pulou de galho em galho até se agarrar com algum louco. Ela estava tão feliz, eu também, muito. Não tinha como estar mais realizada.

(...)

—Filha, não risque a parede!  — gritei. Jesus, ela pensa que a parede é um caderno?

—Ta bom, desculpa mamãe! Eu não sei onde estão meus cadernos — falou fazendo bico.

—Eu guardei no seu quarto meu amor. Já lhe disse mil vezes que não pode riscar a parede. Agora ajude a mãe e vá buscar sua bolsa da escola pra fazer seus deveres de casa — e ela como a boa menina que é foi buscar.

—Não corra Mabelly Cullen! — gritei. Deus porque ela tinha que correr pra tudo quanto era lado? Só pra cair e voltar chorando.

—Mãe pare de gritar, vai deixar meu irmãozinho irritado. A senhora vive gritando.— ela tem razão, eu não estou me suportando.

—Está certo meu amor, eu estou uma chata não é? Mas isso vai melhorar quando seu irmãozinho nascer, ou não — falei alisando seu rosto rosado, tão linda.

—Não Mãe, chata não. Eu amo você assim mesmo  — juro que meus olhos encheram de lágrimas, tão doce minha menina.

—Também te amo, meu amor. Agora vamos fazer seus deveres antes que seu pai chegue com a fome de leão dele.

Ficamos na sala fazendo seus deveres enquanto o papai coruja não chegava. Anthony mexia tanto, mas tanto, que tinha hora que eu me contorcia toda e Edward ficava todo preocupado. Ele se tornou um bobo completo com minha gravidez, era o tempo todo brincando com o Anthony em minha barriga, e eu que sofria com os chutes que ele dava pro Pai. Edward não demorou a chegar. Eu estava na cozinha terminando o jantar, exausta por sinal, e ouvi quando minha criança começou a gritar quando seu pai abriu a porta. Eles dois juntos sempre me deixava muito emocionada, era uma relação tão linda.

Depois do jantar, colocamos nossa filha pra dormir e ficamos na sala assistindo alguma coisa e namorando, claro. Sabe aquela coisa que todo mundo fala sobre as grávidas? Que elas viram uma tarada ou algo assim? Eu achava que era mentira, eu falava: Ah, isso é ridículo. Mas não é não. Quer dizer, eu acho que depende da mulher, pode acontecer com umas e outras não. Mas tinha que acontecer logo comigo claro, se bem que eu sempre fui tarada. Dei uma risada sozinha e Edward ficou me observando, tentando adivinhar os meus pensamentos, como sempre. Eu não podia vê-lo passando de toalha, ou de cueca perto de mim que eu queria atacá-lo. E claro que ele amava isso. Ultimamente eu estava tão cansada, me sentindo uma baleia encalhada que nem estávamos "brincando" direito. Eram tantas dores, em tantos lugares que eu nem sei dizer onde são. E isso deixava meu amado marido frustrado, ele não reclama, pois ele sabe que tudo isso é pelo Anthony, na verdade quem vive reclamando sou eu. Ele que vive me tranquilizando.

À Procura da FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora