Acordo com o sol invadindo o quarto. Viro meu corpo e encontro Austin dormindo ao meu lado, tomo um susto, não estou acostumada a acordar com alguém dormindo na mesma cama que eu. Depois de um tempo me dou conta que estou o admirando.
Por que Alex tinha que ter me arrumado um "falso namorado" tão bonito? Ele quer me deixar louca, só pode!
Depois de alguns minutos, decido levantar. Caminho até o meu closet e pego um short e uma blusa preta que deixa os ombros de fora. Vou até o banheiro e tranco a porta - só para garantir - e dispo-me. Tomo um banho rápido de mais ou menos dez minutos, assim que me visto saio do banheiro.
Austin ainda está dormindo quando volto. Meu Deus, esse garoto tem um sono pesado. Caminho até minha cama, e com muita coragem começo a chamá-lo.
— Austin! Austin, acorda! — digo cutucando suas costas.
— Só mais cinco minutos mãe! — ele diz o que me faz rir.
— Eu não sou sua mãe! Austin levanta! — chamo-o mais umas cinco vezes. Tenho certeza que ele está me ouvindo, mas ao invés de se levantar ele fingi dormir — Ótimo! Eu vou sair, dá uma volta, e irei te deixar sozinho com a minha mãe e minha irmã e... — Austin me corta.
— Mary, espera! Eu vou com você. — Austin se levanta e eu começo a dar pulinho de vitória, só que não.
. . .
Já se faziam trinta minutos que eu e Austin andávamos de bicicleta pelo bairro. Eu ainda não sei de onde eu tirei está ideia para fazer isso. Mas pra ser sincera, eu estou adorando! Já fazia bastante tempo que não andava de bicicleta e eu realmente estou me divertindo. Grande parte do tempo, eu e Austin ficamos contando sobre nossas histórias de vida. Austin parecia ser o tipo de garoto aventureiro e eu bom, sem comentários. Eu não me acho tão aventureira assim ... não como ele.
— Ei vamos fazer uma competição? — pergunto assim que uma ideia maluca me surgi.
— Tá, mas do quê?
— De quem chega primeiro! Está vendo aquela árvore, lá no fundo? — ele assentiu.
— Então... quem chegar lá primeiro ganha, topa?
— Sei que vou ganhar mesmo! — fala convencido.
— Veremos! Em 3,2...
Não completo a contagem regressiva quando saiu em disparada. Minhas pernas já doíam de tanto eu as movimenta-las. Sem que eu perceba, Austin avança em minha frente, e manda um aceno com as mãos, ele só fez isso para me provoca, eu apenas riu, e passo a correr mais rápido. Quando me dou conta, eu já testou na árvore e ele não, portanto, eu ganhei. Desço da bicicleta e sorrio para Austin com um sorriso vitorioso no rosto.
Nossas respirações estavam ofegantes, por conta da adrenalina. Escoro-me na árvore e em seguida, sento-me no chão; acho que a única coisa que eu posso fazer neste momento é descansar.
Antes de voltarmos para casa, tanto eu como Austin conversamos até dá a hora de ir.
Assim que chegamos em casa, vamos correndo para cozinha onde eu bebo no máximo quatro copos d'água, Austin faz o mesmo. Minha mãe surge do nada na cozinha fazendo eu e Austin tomarmos um belo de um susto.
— Onde estavam? — ela pergunta.
— Fomos dar uma volta de bicicleta. — disse eu — Bom dia mãe.
Austin a cumprimenta e logo em seguida nós dois subimos para irmos tomar um banho.
Depois do almoço Austin e eu, vamos até a sala de estar para ver algo na tevê. Acabamos colocando em um filme de terror. O fato é; eu odeio filmes de terror. Qual é? Eles não tem graça nenhuma, além de te deixarem com medo. Mas já no meu caso, eu sempre fico com pesadelos na hora de dormir, e com eles acabo acordando no meio da noite, e para piorar a situação, ainda fico com insônia, e com medo.
Mas Austin quis tanto ver o filme que eu não discuti e acabei aceitando. Afinal, ele está me ajudando, acho que seria o mínimo a se fazer por ele.
— Ai meu Deus! — coloco a mão no meu rosto para não ter que ver a cena na tevê — Ela não pode morrer! — digo e Austin ri.
— Calma Mary! Isso só é um filme! — Austin diz e me abraça de lado.
— Ela não merece isso, não depois de tudo que ela passou! Ela não pode morrer! — Austin apenas ri e me abraça mais forte. Não o impeço.
— Boa tarde! — escuto a voz da minha irmã e logo em seguida me viro para confirma o que eu já sabia, lá estava Lucy e ao seu lado Rick.
— Boa tarde! — disse eu e Austin juntos.
— O que estão vendo? — perguntou Lucy.
— Um filme de terror. — digo.
— Engraçado você nunca quis ver filme de terror comigo. Porque você odeia filme de terror! — Rick diz e logo depois se senta no sofá, bufo.
— Pois é, ainda odeio mas com Austin é diferente. — falo olhando para Austin que sorri para mim, faço o mesmo.
Se vocês estão pensando que eu só disse isso para provocar Rick, vocês estão errados. Eu simplesmente não menti quando disse que com Austin era diferente, eu não sei o porquê de eu não ter conseguido dizer 'não' a ele. Sempre que alguém me chama para ver algum filme de terror eu digo não, independente se essa pessoa está me ajudando ou não. Mas Austin nem precisou de muito para me convencer.
— Ai que fofos! — minha irmã diz — Agora iremos assistir o filme nós quatros juntos.
. . .
Uma palavra que possa definir minha tarde? Insuportável! Rick não parava de olhar para mim, já tinha ficado chato e incômodo está atitude. Acho que todos tinham percebido isso. Posso até jura que via Austin o fuzilar em certos momentos. Achei fofo, pois ele estava fazendo o papel de "namorado" muito bem e de certa forma Rick merecia isso.
Acordo assustada aquela noite, já era de se esperar eu ter pesadelo por conta do filme. Acho que dessa vez não seria diferente, me iludi achando que fosse. Noto que meu coração bate mais rápido, também depois do pesadelo horrível que tive era do esperado, me viro do lado oposto e encontro Austin me olhando assustado.
— O que aconteceu? — pergunta — Você acordou do nada, teve pesadelo?
— Austin eu não deveria ter assistido aquele filme... Sempre que vejo filmes de terror tenho pesadelos quando à noite.
— Por que não me disse? — ele está chateado.
— Eu só queria pode fazer algo por você ... Austin você está me ajudando, muito e ...
— Para de ser boba! Vem cá. — me aproximo dele e ele envolve seus braços em minha cintura, retribuo seu gesto o abraçando mais forte — Pode dormir Mary. — Austin começa a fazer carinho em meus cabelos, isso é tão bom. Depois de um tempo vou me acalmando mais, o abraço dele é confortante, ele simplesmente teve o pode de me acalmar. E depois de um tempo, sem nem ao menos perceber, adormeci.
Continua...
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The Choice
AcakO que você faria se soubesse que sua irmã está namorando seu ex namorado? E que iria se casar com ele? E ainda pior... Ter que conviver sobre o mesmo teto que ele e aturar suas constantes provocações, durante duas semanas? Por sorte, Mary não está s...