Emily voltou para sua casa com seu coração despedaçado, ela havia feito a escolha certa mesmo com seu morto coração a implorando para ser egoísta o suficiente, deixar Victor tomar o veneno e ter que ir com ela? Emily se sentiria certamente como seu assassino, que agora era rejeitado por todo o mundo dos mortos, sofria como se estivesse em vida e, por isso, vivia se escondendo. As vezes tentava encontrar Emily para talvez lhe pedir perdão, mas suas palavras eram vazias e ele só fazia isso para poder conviver em sociedade com os outros. A família de Emily eram aquelas pessoas, e as mesmas estavam preocupados com a jovem a cada ano que passava. Emily parecia ter travado no tempo quando deixou sua mão estendida graciosamente perto aos galhos, mas prometeu a sí mesma que desta vez seria diferente, jamais se entregaria a um homem que não a amaria de verdade. E assim, se passaram dias, depois meses em que Emily chorou amargamente, fazendo com que o solo fizesse florescer alguns galhos secos, se é que era possível. Emily esperou anos, muitos anos, estava perdendo as esperanças de que um dia fosse encontrar alguém. ㅡ Eu preciso mesmo dizer, você é de verdade muito insistente.- A larva que costumava ficar em sua cabeça, agora nem chegava mais perto da jovem, tantos pensamentos negativos deixavam sua cabeça o pior lugar para morar. ㅡ Você venceu, eu não vou mais esperar. ㅡ Tudo bem, vamos achar um belo ricaço morto por depressão ou algo assim pra você.- A larva pulava de imaginar algo assim. ㅡ Não é tão simples assim... Emily riu, em algum tempo... E havia sido o sorriso mais sincero que alguém tirou dela aquele dia. Sua família estava ali, o que mais ela poderia querer? Mas no último instante, Emily sentiu, em muito tempo, um gélido toque em suas mãos, um gélido objeto sendo deslizado por seu dedo anelar e a frase que se ainda permitisse lhe arrepiar, com certeza estaria assim agora.
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