Quando Hector abriu os olhos, sentiu imediatamente o frio impiedoso por todo o corpo, sentia arrepios violentos por todo o corpo e calafrios terríveis. Ele se sentou no chão, segurando a própria cabeça enquanto observava o que parecia ser um quarto macabro de adolescente de 16 anos, haviam alguns entulhos no teto e hora ou outra Hector sentia as coisas tremerem lá em cima e pequenas quantidades de terra cair em seus olhos.
Hector observou que tudo parecia muito abafado, apesar de frio ali dentro, era como se ele fosse sufocar a qualquer instante. Então, olhou para o chão e viu uma aranha viúva negra com listras vermelhas perfeitas na bunda gigante. Com certeza aquela aranha era a maior que já havia visto em toda a sua vida. Ergueu os pés, assustado com o bichinho, que ainda estava parado no mesmo lugar.
ㅡ Ah, querido, quando ver o que tem lá fora vai notar que eu sou a última coisa que você deve sentir medo.- Hector arregalou os olhos, abismado pelo que estava vendo e ouvindo.
ㅡ Espere, você FALA!?- A última palavra saiu-lhe como um grito, fazendo a barulhada do lado de fora cessar. Os seres no andar de baixo cochichavam enquanto Hector se questionava do motivo. Talvez tivesse dormindo a tempo demais?
Logo a noiva da floresta apareceu em sua frente, meio receosa com sua reação, mas Hector sentiu um brilho estranho nos olhos no exato momento em que a viu, nunca tinha sentido nada parecido, era como se tudo a sua volta não existisse mais, apenas os dois.
"Mas esta mulher está morta!"
Sua consciencia lhe acusava enquanto Hector sacudia a cabeça freneticamente, tentando se concentrar na mulher cadáver a sua frente.
ㅡ Demorou a acordar, seu susto foi grande...- A mulher quebrou o silêncio, logo olhando para o chão e notando a aranha, dando um sorriso.
ㅡ Ele tomou outro susto assim que me viu! Você tinha que ver a cara dele!- A aranha começou a rir e Hector olhou feio para o chão, completamente confuso com toda a situação.
ㅡ Ei! Não exagere senhora, assim ela vai pensar que eu tenho medo!- Hector repreendeu, tirando uma risada fraca da mulher parada na porta.
ㅡ Dona não! Por favor, me chama de viúva negra. Mas para o marido de minha melhor amiga, pode me chamar só de Val.- Hector sentiu um arrepio percorrer por todo seu corpo ao ouvir a palavra pronunciada: Marido.
ㅡ M- marido?- Hector repetiu, levantando o olhar, mas não encontrando Emily parada na porta como antes, o que o fez olhar ainda mais confuso para o chão, chegando a coçar os olhos enquanto se perguntava se isso não era apenas um sonho louco.
Hector se levantou apressado, ele estava assustado, com certeza! Mas aquela mulher havia lhe intrigado, era como se todo o ser de Hector quisesse conhecê -la.
ㅡ Não ligue para Emily, ela tem bagagem demais...- Val se justificou.
ㅡ Então, estou casado com aquela mulher cadáver? Emily não é?... eu gosto desse nome...- Hector olhava tão bobo para a porta onde Emily estava parada que se esqueceu de ir atrás dela.
ㅡ Você não quer fugir?
ㅡ Oh! Sim! Estou aterrorizado, mas quero conhecê-la primeiro.- Ele andou em passos curtos até a porta.
ㅡ Pois, vá logo até ela!- Val gargalhou alto, fazendo Hector correr para o lado de fora.
Havia um corredor de terra enorme e largo, com alguns caixões velhos escorados nas paredes, Hector sentia calafrios por onde passava.
Tinha medo de encontrar algo que o deixasse tão horrorizado que talvez o fizesse querer fugir dali sem antes conversar com Emily. Seu coração se acelerou quando ele desceu uma escada, avistando um bar lotado de gente morta. Hector respirou fundo quando viu Emily escorada no balcão, com um copinho pequeno, bebendo alguma coisa sem parar.
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A Noiva Cadáver- Desilusão do felizes para sempre
Fiksi PenggemarEmily voltou para sua casa com seu coração despedaçado, ela havia feito a escolha certa mesmo com seu morto coração a implorando para ser egoísta o suficiente, deixar Victor tomar o veneno e ter que ir com ela? Emily se sentiria certamente como seu...