Um bom vinho

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Depois de muito sufoco Anna conseguiu me retirar da multidão que se formava ali, precisamos sair às pressas e até os seguranças do shopping interviram.
Entramos no carro de Anna e eu avisei a Amélia e Jason que não poderia ir embora com eles.
Eu estava encostado no banco da frente com a respiração acelerada e Anna também, ambos olhávamos fixos para frente um pouquinho assustados, Anna começou a rir e eu me virei para olhá-la.

-Do que está rindo?

-Da sua cara desesperada quando um monte de gente te rodeou. Tinha que ver, estava muito engraçada!-ela ria sem parar.

-Eu não sabia o que fazer!

-Você é um jornalista, tem que estar acostumado com multidão senhor Joaquim--ela ainda ria e agora eu observava seu sorriso.

-Eu trabalho em escritório, não nas ruas.—me defendi.

-Mesmo assim, você tem fobia?—ela disse se virando para mim.

-Não, eu fiquei tenso.. não soube reagir, eu não sou o centro das atenções.—disse sério.

-Por esse lado você tem razão mas você está saindo em jornais, sites de notícias virtuais... é realmente você?—seus olhos exalavam curiosidade.—porque se for você se tornou o centro das atenções.

-Sim..—disse soltando o ar.— mas eu não queria que as pessoas soubessem, vão revirar minha vida de cabo a rabo e eu não quero me tornar uma sub-celebridade em Atlanta. Já imagino a manchete—disse abrindo meus braços no ar.— "Ex-dono de Choco Blenc's brinca de papai Noel em Atlanta"  ou "Duende do Noel em Atlanta é o bilionário Joaquim Blenc", isso me frusta porque eu não tinha nada e agora ter muito me deixa envergonhado.

-Eu sei como é, eu tinha apenas o suficiente para me manter.—seu tom era um pouco triste.

-Pensei que a princesinha tinha nascido em berço de ouro.—provoquei enfiando minha mão em sua nuca, embolando seus cabelos em meus dedos e trazendo seu rosto para mais perto.

- A princesinha passou por muita coisa para chegar aqui.—ela disse no mesmo tom provocativo.

-a alguns dias atrás eu dava tudo para manter esses lábios o suficientemente longe para eu não me derreter feito uma cadelinha para você.—disse encarando seu olhos penetrantes.

-E agora?—ela roçou nossos lábios sem desviar seu olhar do meu.—ainda é isso que você quer?

-Nem por um bilhão de dólares Anna—selei nossos lábios—nem por um bilhão.

Dei início a um beijo quente, puro e ardido desejo de tê-la para mim, confesso que eu parecia querer engoli-la, eu queria devora-la, saborear Anna de diferentes formas mas me limito a um beijo, não quero ser tão apressado, não quero Anna pensando o pior de mi...

Anna se movimenta parando o beijo e se sentando em meu colo de forma bruta, ascendendo uma parte de mim que eu estava tentando controlar a segundos atrás. Sua saia colada subiu se enrolando próxima a sua cintura, suas pernas estavam abertas nas laterais de meu corpo me permitindo uma visão que eu até desejava, mas não pensava em ver tão cedo.

-Não faz isso.—pedi em forma de súplica, eu não aguentaria uma investida dela sentada em meu colo daquele jeito.

-Isso o que?—sua voz saiu rouca.

 Um Natal de Encantos Onde histórias criam vida. Descubra agora