Dois amigos de infância se apaixonam no sexto ano do Ensino Fundamental, por uma fatalidade são afastados e 10 anos depois se reencontram sem se reconhecer.
Um se tornou o editor chefe de revista atrapalhado e brincalhão, a outra se tornou a dona d...
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-Anna, me espera!
-Corre Joc, corre! A gente vai perder o ônibus.
Eu e Anna corríamos para pegar o ônibus amarelo a nossa frente. Se a gente perdesse aquele adeus escola naquele dia. Seus cabelos em tom de mel voavam conforme ela corria. Anna apareceu na porta do ônibus assim que o motorista fechou, ele abriu de novo e agora ela me chamava com suas mãos brancas fazendo sinais para que eu corresse mais. Eu já estava sem ar de tanto correr com aquela mochila nas costas e a pasta na mão.
-Vem Joaquim! Ele já vai sair!-ela gritava impaciente.
-Eu não vou aguentar, eu vou morrer.-disse tentando puxar o ar quando parei em frente à porta amarela do ônibus.
-Por pouco vocês não ficam para trás jovenszinhos.- senhor Stefan dizia entre risadas enquanto eu ainda tentava puxar o ar nas escadas.
-Muito...obrigada!- disse dando um soquinho em sua mão como de costume ainda tentando puxar o ar que me faltava.
-O senhor é massa seu Stefan!- Anna gritava se sentando quase no fim do ônibus.
Do meu jeito desajeitado me sentei ao seu lado. Eu já estava suando, suas bochechas estavam rosadas devido a adrenalina da corrida. Anna era a mais bonita da escola.
-Ei, o que você trouxe pro lanche hoje?-perguntou enquanto fuçava a mochila.
-A eu nem estou com fome hoje, não quis trazer.-menti, a situação não era bem essa lá em casa.
- Eu trouxe pãezinhos para nós dois e suco também. A mamãe disse que você ia gostar de maçã também, eu trouxe.-ela me entregou com um sorriso mas apreensiva.
- O-obrigada Anna, sua mãe que fez?-perguntei enfiando tudo na mochila. - -Fui eu! Eu fiz tudo sozinha pra você.-ela se vangloriou.
- Deve estar ruim então.-seu sorriso murchou e eu ri.
-Você é um bobo Joc!- ela me deu uns tapinhas no braço brava.
Flashback off
Eu diria que naquela época eu era bobo pela carinha de anjo que Anna tinha. Hoje em dia eu já nem lembro mais seu sobrenome, muito mal seu rosto mas sei que ela foi o meu primeiro amor, ela cuidava da minha alimentação melhor que minha mãe e fazia tudo para que eu esquecesse as dificuldades em casa. Éramos vizinhos em Denver mas eu precisei me mudar no final do sexto ano quando minha mãe faleceu. Agora aqui estou eu aos 22 anos me arrumando para um emprego novo em Atlanta. O que eu me tornei? - Bom, eu sou o mais novo editor chefe atrapalhado de uma revista renomada por aqui. Eu pedi demissão de outra revista após uma confusão com o chefe, eu era um pouco mais atrapalhado do que deveria.
