O tão esperado dia chegara e Remus nunca havia estado tão nervoso nem com tanto medo.
Finalmente estava tudo pronto.
Ou pelo menos quase.
Tudo o que precisava ser recém pronto estava pronto. Só faltava montar e preparar a velha e desgastada Casa dos Gritos para receber o evento daquela noite. "Eu nem acredito que o dia finalmente chegou" repetia Remus, inúmeras vezes, numa mistura de ansiedade e preocupação.
Remus e Lily encontram-se agora na passagem do Salgueiro Lutador até à Casa dos Gritos, carregados com duas sacolas, e ambos estavam ofegantes para isso.
- Você tem certeza que a gente trouxe tudo? É que não é por nada mas eu não estou nada a fim de ter que voltar tudo para trás por que a gente se esqueceu de algo. - falava Lily, mais num monólogo para si mesma do que falando para Remus. Remus soltou uma rosa frouxa. - De que é que você está rindo?- perguntou, confusa.
- É que você já se perguntou isso umas três vezes desde que a gente a gente saiu do Salão Comunal. - falou Remus, ofegante, soltando uma risada em seguida, o que fez Lily corar constrangida, mesmo que Remus não tenha percebido isso pois a ruiva encontrava-se a uns dois metros de distância de Remus, já que Lily nunca tinha entrado naquela passagem pois, desde que Lily sabia do "probleminha peludo" de Remus, sempre tinham falado para ela nunca sair à noite nos dias de lua cheia.
Quando, finalmente, haviam ambos chegado à Casa dos Gritos, Lily olhava com um certo pesar pois sabia-o porque daquela casa se encontrar naquele estado, para todas as tábuas as quais faltavam pedaços de madeira e para as cortinas, que jaziam rasgadas em centenas de pequenos pedaços de tecido, que, um dia, já tinham estados todos juntos como um só.
- Admito que este não é o lugar mais bonito do mundo. - falou Remus, com uma certa magoa na voz. Lily percebeu que devia custar muito para Remus estar naquele lugar, saber que foi ele que destruiu aquela casa, saber que é ali que ele enfrenta tudo aquilo que ele mais teme. Mas, mesmo assim, ele estava ali para se declarar, ele estava ali para falar a Sirius o quanto ele o ama, mesmo que lhe custe tanto relembrar tudo o que ele já passaram naquele local. Ele havia enfrentado tudo aquilo que ele dizia e pensava, quando ele falava que nunca ele iria naquela casa por outros motivos se não a lua cheia para libertar o pior lado dele uma noite por mês.
- Bem vamos lá. Temos muito para fazer em muito pouco tempo.- falou Lily após uns minutos em que só se ouvia pequenos estalido da madeira que fora violentamente despedaçada.
Começaram então a limpar, a arrumar e a decorar, tudo aquilo que tinha de ser feito. Levaram algumas horas, o que deixou lugar para algumas conversas sem nenhum assunto minimamente interessante para nenhum dos dois. Conversas apenas para não voltar o silêncio pesado e cheio de tristeza que aquela casa transmitia.
Eram 19:30- bem a tempo para chegarem ao jantar- e ambos estavam cansados de pôr e tirar as decorações.
A pequena lareira que jazia inutilizada por anos numa das paredes estava agora devidamente limpa e com um fogo crepitante e flamejante, semelhante ao que existia no Salão Comunal da Grifinoria. O quadro que se encontrava podre em cima da lareira, tinha agora desenhado uma versão mais velha de Sirius e Remus, junto da cabana do guarda-caças, de mãos dadas. O pequeno sofá, antes amarelado por conta da humidade, havia se transformado num enorme sofá vermelho com quatro almofadas douradas, também semelhante ao que existia no Salão Comunal. Uma pequena e baixa mesinha de centro, que antes se encontrava num canto da pequena sala, esquecida, estava agora no centro da divisão com algumas bebidas em cima.
Lily e Remus haviam tammbem dado uma arrumada no resto de toda a casa já que, segundo a Lily "Nunca se sabe o que pode acontecer quando se trata de dois jovens garotos apaixonados" o que fez com que Remus risse da amiga e lhe falasse que talvez ela tivesse de dar uma paisana sua leitura compulsiva de romances trouxas.
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I Love You For Infinity
FanficEM HIATUS Enquanto Siruis e Remus estavam demasiado ocupados em se desenvencilhar de seu orgulho para admitirem que se amam, outros não têm problema em avançar em relação aos seus sentimentos. A história se passa a partir do quinto ano dos marotos.