NARRADOR
"Você acredita em destino?" ela sussurrou, encarando-o, e Patrick sorriu para a ponta do nariz vermelho da menina.
"Não sei." disse, olhando para a frente. "Quer dizer. Eu sempre achei isso uma puta besteira, sabe? Eu acho que você está no lugar certo, na hora certa, e pronto, acontece." disse, e quando Ell o encarou de novo, prestes a dizer alguma coisa, continuou. "Mas então acontece alguma coisa, ou você conhece alguém, e te faz pensar se destino realmente não existe." ele sorriu, encostando o nariz no dela sem querer.
Os dois riram, e Ell voltou seu olhar para frente, chacoalhando a cabeça.
"Por que coisas assim acontecem com pessoas como... nós? O que eu quero dizer é que nós somos boas pessoas, sabe? Não queríamos o mal de ninguém e éramos felizes. Você não merecia ser deportado."
Patrick sorriu.
"Você não merecia levar um pé na bunda." disse, depois a olhou. "Mas espera aí. Quer saber? Foda-se. O governo me quer fora daqui? Foda-se! Seu noivo é idiota e terminou com você? Foda-se ele também!" disse, fazendo a garota rir. "Nossas vidas não tem que ser essa merda toda. A gente não merece, certo?"
A loira riu.
"Certo!" concordou. "Então, vamos nos divertir, que ainda são três da manhã." ela sorriu, maliciosa. "E eu quero esquecer tudo o que aconteceu hoje!"
"Estou com você." disse, a puxando para cima. "E que se foda o mundo!"
"Yeah! Menos nós dois, porque somos muito fodas." disse, e os dois gargalharam, correndo para a calçada à procura de algum lugar quente e com mais bebidas.
Não queriam que acabasse tão cedo.
HORAS DEPOIS
"Cheers!" os dois riram, brindando com suas garrafinhas verdes na porta de uma loja de conveniência 24 horas.
O clima congelante combinava com eles, definitivamente.
"Então, você não respondeu minha pergunta." Ell disse, comendo algumas Pringles que tinham comprado. Patrick riu.
"Quanto mais bêbada você fica, mais profundas ficam suas perguntas." Dempsey retrucou, fazendo-a sorrir. "Pra mim, a vida é como um show de rock."
"Como assim?" Ell riu, ao perceber que perguntara alto demais e que sua voz soava meio afetada.
"Mais ou menos assim. A vida foi feita pra ser curtida, gritada, pra ser vivida." ele parou para ver a reação da garota. "O que eu quero dizer, é que você tem duas escolhas: Assisti-la sentado, esperando que passe, ou sentir a vibe e deixar acontecer. Se você ficar parado, alguém vai passar por cima de você. Se você ficar moscando, alguma groupie vai comer no seu lugar. Simples assim." disse, rindo junto com a garota.
"Isso foi bem poético." Ell gargalhou. "Muito drogado da sua parte."
"Obrigado, também vou com a sua cara!" Dempsey respondeu rapidamente, observando que Ell mexia freneticamente, ainda que por cima da luva, no dedo da aliança. "Sabe, você devia se livrar disso."
Ellen o encarou, confusa.
"Disso o quê?" perguntou, e ele apontou para a mão enluvada.
"Do seu diamante de dois mil novecentos e dezessete quilates." respondeu, rindo, mas a garota não o acompanhou, fazendo-o enrijecer a coluna e sentar corretamente, um pouco desconsertado.
"Por que eu faria isso?" ela perguntou, parecendo um pouco ofendida. Ops, merda.
"Porque se você não o fizer, vai ficar presa nisso para sempre." Patrick respondeu rápido.
"Isso não faz sentido! Nós mal terminamos." Ell levantou, dando alguns passos adiante, e ficando de costas. Patrick tomou um gole de cerveja.
"Você é quem sabe." ele completou, fazendo-a virar abruptamente.
"Você acha que sabe de muita coisa, né? Com suas filosofias de hippie e tudo mais." a garota disse, e ele quase riu. "Mas você nunca se apaixonou e não sabe o quanto isso dói! Simplesmente não sabe!"
Patrick apenas sorriu sem mostrar os dentes, enquanto a garota esperava que ele levantasse, ou esboçasse alguma reação mais séria. Talvez brigasse com ela. Ela estava no pique de dar uns gritos, e como estava.
"Você está certa, eu não sei como é." ele disse, calmamente. "Mas posso imaginar que deve doer mais o peso desse negócio na sua mão, quando você sabe que acabou." ele a olhou nos olhos, vendo que a menina estava prestes a chorar. "Acabou, Ell."
Ellen virou de costas querendo gritar. Ele estava certo. Mas que merda era aquela, por que Giacomo era tão imbecil? Por que Patrick era tão imbecil de fazê-la lembrar disso? O que havia de errado com os homens do mundo?
Ao virar rapidamente e nervosa, pronta para andar em sua direção e dizer poucas e boas, o garoto já estava atrás dela, devidamente de pé, com as mãos nos bolsos e o nariz vermelho. Ell respirou fundo, engolindo as lágrimas que queria derrubar. Era mesmo uma fraca. A situação de Dempsey era pior que a sua, ela reconheceu isso ainda no bar, mas não admitiu para não perder a aposta. E lá estava ela, quase desmoronando de novo, enquanto ele a olhava com aquela cara de galã importado com feições de ursinho de pelúcia e sexy ao mesmo tempo, alheio aos próprios problemas, e a ajudando com os dela. Injusto, no mínimo.
"Eu não sou como você, Patrick." murmurou. "Eu não tenho coragem de devolver isso, eu nem sei se consigo olhar na cara dele nesse momento."
Ele sorriu.
"Quanto essa aliança vale, mais ou menos?" Dempsey perguntou, e a garota arqueou a sobrancelha, confusa.
"Ah, não vai me dizer que no fim das contas, você é um assaltante com cara de galãzinho, né?" ela brincou, fazendo-o rir. "Não sei. Uns dez mil dólares?
"CARALHO!" Patrick quase gritou, e ela riu alto. "Vende, ué!"
"Mas é dele!"
"O caralho, ele terminou com você." Dempsey retrucou, depois se arrependeu. "Puta merda, eu juro que vou parar de falar isso. Desculpe!"
"Tudo bem." Ell riu, sem humor. "Não sei se vou vender..."
E então Patrick fez uma cara que Ell considerou parecer de vilão de desenho animado.
"JÁ SEI!" ele exclamou, e a garota fez uma careta.
"Ai, tenho medo disso." murmurou, e ele torceu o nariz, lhe mostrando o dedo do meio.
"JOGA NO LAGO!"
"O QUÊ?"
♡
patty ideias mirabolantes!
o que vocês acham que vai acontecer quando o patty ir embora e a ell ficar sozinha?
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MULTIPLE ORGASMS | dempeo - concluída
Fanfiction📂 : 𝖮𝖱𝖦𝖠𝖲𝖬𝖮𝖲 𝖬𝖴𝖫𝖳𝖨𝖯𝖫𝖮𝖲! ㅤ ─── 𝐝𝐞𝐦𝐩𝐞𝐨 + | ❝ Isso não responde minha pergunta, mas quase tive um orgasmo quando ouvi a palavra café. ❞ Ninguém nunca diria que eram feitos um para o outro. Ninguém jamais saberia que, coincidênc...