Papel

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Somos páginas de livros

Nossas mãos, tinta e caneta

Que escrevem incessantemente

A arte de viver em forma de versos

Aleatórios ou em estruturados sonetos.

Nossos pés ao caminharem

Escrevem na areia do tempo

Os caminhos que trilhamos

As histórias que construímos

São capazes de inspirar a novas histórias

De guiar e influenciar a outros pés

Talvez já debilitados, frágeis

Ou simplesmente desmotivados.

Somos diários uns dos outros

Precisamos do semelhante

Para compormos nossa jornada

De forma mais poetizada.

Afinal, é isso o que somos:

Somos escritores constantes

De uma história inconstante

De uma vida efêmera e emblemada

Por uma eterna inquietude.

Somos poetas dessa vida

Escritores de nós mesmos

E para os outros

Temos alma de papel.

Poemas Achados & Amores PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora