Capítulo doze: "... ou o que faz ela chorar"

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Hermione Granger.

Se você está se perguntando se eu sai por ai perguntando para meus amigos como é estar apaixonada, sim, você está certo.

Em geral, eu recebi vários tipos de olhares, o famoso "hnmm", e "amada?", até mesmo "tu não era a inteligente?". Enfim, no final, continuei do mesmo jeito que comecei, sem saber o que sentia exatamente, e sem saber como falar isso para Pansy.

Por Merlin, toda essa mistura esquisita de sentimentos me deixam cada vez mais confusa e tensa. Nem bichento estava conseguindo fazer com que meus pensamentos se encaixassem com seu ronronado.

Peguei um velho livro de lendas e mitos, eu adoro esse tipo, são como enigmas, sempre tem uma verdade por trás de seus textos loucos e estranhos.

A um tempo, eu li uma história, não me recordo se é lenda, mito, ou uma crônica. Mas lembro que era sobre o amor, e eu não entendi.

Abri o livro, fui no sumário procurando o título do texto. " Alma Gêmea.................. pág 523."

"A muito tempo, quando os seres humanos ainda estavam sendo feitos, e os deuses eram louvados e honrados, os humanos eram seres de quatro braços, quatro pernas, dois troncos, duas cabeças, e apenas um coração. Tinham mentes diferentes, e pensamentos diferentes.
Cada ser humano tinha sua própria alma gêmea, o amor de suas vidas, e se amavam de forma indescritível.
Os deuses com medo de serem esquecidos dividiram as pessoas, fazendo com que cada um tivesses dois braços, duas pernas, um tronco, uma cabeça, e pedaços de um coração.
Eles passaram anos deslocados, sem se sentirem encaixados por completos. Viviam em busca de de sua alma gêmea, a pessoa na qual um dia dividiam o corpo.
Quando a encontravam suas almas gêmeas, tinham a absoluta certeza de que finalmente, estavam completos."

Ao terminar de ler, senti um aperto no meu peito. Como saberei se ela é minha alma gêmea? Não quero correr o risco de perde-la. Mas também não quero correr o risco de me magoar ao descobrir que ela não é quem eu esperava que fosse.

Acho que esse seria o velho caso do gato de schrödinger.

Só irei descobrir se eu tentar.

Oh céus, ela pensa que eu namoro o Rony. Caramba, por que tudo na minha vida tem que ser complicado?

Certo, se talvez o Rony e eu falarmos que não temos nada, talvez ela acredite e finalmente eu irei descobrir.

Tenho que falar com o Rony, pedir pra ele tentar falar com ela, é só isso que eu preciso. Eu ajudei ele pra sair com Zabini, ele vai entender e vai me ajudar.

Começo a correr procurando o ruivo pela sala comunal. Procuro por uns vinte minutos, até encontra-lo do lado de fora, perto da quadra de quadribol, sentado com Zabini ao seu lado, ambos rodeados de vários tipos de livros, cadernos e papéis diversificados. É claro, como pude esquecer que o negro estava ensinando o ruivo?

- Rony! - chamo quando chego mais perto. - Oi Zabini, obrigada por ensinar esse cabeça de vento, mas preciso roubar ele por uns minutinhos. Vem. - Falo, sorrindo tímida, puxando o ruivo pelo pulso.

- O que foi Mione? - Perguntou quando ja estavamos longe o suficiente para Zabini não escutar. - Aconteceu alguma coisa?

- Sim e não, quer dizer, aconteceu, e você precisa me ajudar... se você quiser, é claro. - falei, ele me olhou um pouco receoso e apreensivo.

- Pode falar, Mione.

- Pansy. Eu preciso que você fale com ela. Explique pra ela que você é bi, e que eu não namoro você de verdade, que você gosta do Blaise, e que eu... Céus! - Não pensei em como dizer isso pra ele, mas agora ja era - que eu estou disponível se ela quiser investir.

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