Ascenção Dracken

Capítulo 122

Harry escorregou grogue pelas escadas de bunda, movendo-se devagar e segurando os degraus do corrimão para se equilibrar e impedi-lo de cair de cabeça nas escadas.

Ele alcançou o terceiro degrau inferior e içou-se para cima usando o corrimão, os pés firmemente na base da escada. Ele soltou um suspiro pesado e se endireitou, indo para a cozinha e os cheiros lindos que emanavam dela.

Max estava feliz cozinhando no forno, mexendo uma grande panela com alguma coisa, ele estava usando um avental verde escuro, Harry sorriu para isso. Nasta estava sentado em uma cadeira à mesa, um monte de papelada ao seu redor. Blaise estava mais uma vez traduzindo seu livro, ele parecia extremamente frustrado enquanto amontoava um pedaço de pergaminho em sua mão e batia no tampo da mesa repetidamente.

Harry olhou para Draco, que estava olhando para ele. Alívio brilhando através daqueles olhos prateados ao vê-lo parado ali. Harry se perguntou por quanto tempo ele realmente estava dormindo.

Draco se levantou e chamou a atenção para si mesmo, mas o loiro não se importou enquanto corria ao redor da mesa e o envolvia em um grande abraço de urso. Harry riu e segurou Draco com força. Ele amava o lado afetuoso de Draco, o lado que ele nunca tinha visto quando eram mais jovens. Harry supôs que o loiro havia herdado o lado suave de sua mãe, que parecia gostar de abraçar o filho. Onde quer que Draco conseguisse isso de Harry, tinha certeza de que não tinha sido de seu pai.

"Você está acordado!" Ele disse feliz.

Harry cantarolou em concordância, balançando a cabeça. "Quem decidiu me enterrar vivo em cobertores?"

"Madame Pomfrey e Severus Snape sim." Max respondeu enquanto os observava com um sorriso. "Sua temperatura central caiu para trinta e três graus Celsius."

"Essa é uma queda séria de temperatura para um Dracken, Harry." Nasta disse a ele. "Como nossas temperaturas centrais são medianamente mais altas, não podemos cair abaixo de trinta e cinco graus sem ficarmos muito doentes. O fato de você estar grávida de um filho torna a situação muito mais perigosa do que se você não estivesse grávida."

"Oh. Por que minha temperatura começou a baixar?"

"Não sabemos. Severus suspeitou de exposição extrema aos elementos, mas Madame Pomfrey acredita que a combinação de vômito e o ar frio do banheiro, sem mencionar os ladrilhos congelados do banheiro em que você estava deitado, fez seu corpo entrar em choque, diminuindo sua temperatura central. "

"O bebê está bem?" Harry perguntou, segurando sua barriga novamente, sentindo os movimentos vibrantes por dentro.

"O bebê nunca esteve em perigo, Harry, você estava. Você poderia ter entrado em coma."

Harry estremeceu sentindo frio na espinha, ele tinha certeza da gravidade do que acabara de ouvir, mas ele estava enrolado em um cobertor grosso e acomodado nas coxas grossas de Nasta enquanto Max servia cinco tigelas de sopa fumegante e um cesta de pão recém-assado que ainda estava quente.

Sentindo-se faminto, Harry comeu o mais rápido que pôde sem engasgar, certificando-se de evitar que seus braços e cotovelos batessem nos braços de Nasta para que ambos pudessem comer antes que a sopa esfriasse.

Após a sopa Max serviu-lhes Spaghetti Bolognese, desta vez acompanhado de rodelas de baguete de alho. Seus companheiros o observavam com leve admiração enquanto ele acabava com a comida e Max lhe dava um segundo prato, que ele voltou a comer de tudo, fazendo o possível para limpar o prato sem ter que lambê-lo para limpar com a língua.

Max riu feliz enquanto tirava do forno um crumble de cereja preta e dava a Harry uma grande colherada, cobrindo-a com creme quente e observando enquanto seus companheiros, sua família, comiam a comida que ele passara a tarde preparando e cozinhando para eles. É verdade que gostava de cozinhar para si mesmo e muitas vezes tinha sua família por perto para almoços estranhos, mas cozinhar todas as refeições, todos os dias, para as pessoas que gostavam, para as pessoas que ele amava e que o amavam, parecia certo. Ele mal podia esperar até que eles tivessem uma casa cheia de crianças que ele poderia alimentar e talvez ensinar a cozinhar também.