O homem obcecado por pedras preciosas e o poder delas, era Barry Allen em sua essência.
Também não deixava de ser a camada por baixo, não tão fundo, de um ser profundamente egoísta e vaidoso.
Havia também a "cara limpa", sem maquiagens ou truques de...
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Ela se surpreendeu quando voltou ao esconderijo, pontualmente uma semana depois.
O Ladrão a recebeu com uma paz de espírito que não lembrava em nada o Barry de sete dias atrás. Sorriu assim que a recebeu, convidou-a a sentar-se. Ofereceu algo para ela comer e Iris entendeu aquilo como uma maneira dele de tentar lhe passar a perna.
– Dá pra ir logo direto ao assunto, Barry Allen?
– Alguém acordou com o pé esquerdo hoje! – O ladrão debochou.
Pegou o notebook que estava no sofá, localizou o arquivo e entregou a mulher impaciente.
Iris sentou-se ao lado dele para poder manusear melhor o aparelho.
Barry tinha um relatório rico em detalhes sobre um grupo bem grande de professores de várias partes de Nova York que lecionavam no ensino médio e no ensino superior e vendiam drogas aos alunos medianos e até aos mais aplicados que tinham seus momentos de baixa, para forçar um melhor desempenho. Porém, como já era de se esperar, alguns alunos tiveram resultados fora do esperado – lê-se: viciaram e perderam o gosto por qualquer coisa que não os narcóticos. Já os professores no grupo, gostaram do dinheiro extra que fazia seu salário parecer uma gorjeta, e da glória que os alunos mais bem sucedidos de suas turmas, graças aos remédios oferecidos, proporcionava.
Deixaram rolar aquela loucura por anos a fio, sem cometer tantos deslizes que pudessem entregá-los.
O ladrão reuniu nomes de uma boa parte dos envolvidos e onde poderia encontrar cada um deles.
Um trabalho rico como aquele levaria meses, e Barry conseguiu aquela bomba toda em uma semana. Ou melhor, pagou Cisco para levantar aquilo, e ele mesmo ficou impressionado com o trabalho do amigo. Por mais que Cisco sempre deixasse suas expectativas em alta.
Para West aquilo significava apenas uma coisa:
– Isso tudo é mentira.
Barry respirou fundo. Não queria bater boca.
Pegou seu notebook e pegou uma mochila que estava ali já a espera. Foi em direção a porta e chamou:
– Vem, eu preciso te mostrar uma coisa.
Iris franziu o cenho. E dando ao ladrão o mínimo de confiança, foi atrás dele.
Mais tarde, o casal adentrava o campus de uma universidade, deixaram o carro há quatro quadras dali e fizeram o resto do caminho de Uber.
– Vamos desvendar algumas coisas sobre Meredith Di Castro – Barry comentou quando já caminhavam pelas dependências do instituto educacional.
