Dia 14 de Agosto, ano de 2018.
Certos momentos marcam tanto nossas vidas que detalhes em uma quantidade absurda permanecem em nossa mente de maneira inevitável. E parece que sentimos na pele tudo de novo ao lembrar.
Neste dia, na festa de aniversário do meu vizinho e melhor amigo Huening Kai, conheci Kang Taehyun.
O garoto que conseguiu me conquistar em tão pouco tempo, com o mínimo de esforço. Não o meu primeiro amor, mas o mais memorável de todos.
Eu sempre fui muito sonhador quando se trata de amor e romances. Acreditava puramente em amores à primeira vista e que viveria um romance digno de filmes, o que pode parecer fútil para muitos, eu sei.
Acho que isso se deve aos meus pais. Eles são um dos casais mais apaixonados que já vi em toda a minha vida. Desde pequeno eu os via e pensava comigo mesmo que, quando fosse adulto, queria que fosse assim comigo também.
Sempre fui aberto quanto a minha sexualidade, já que tive liberdade de conversar com meus pais desde o cedo — e sou muito grato por isso — me senti seguro para que outras pessoas também soubessem.
A medida em que fui crescendo, tive algumas paixonites, em especial por garotos da minha escola. E a grande maioria não passou disso, namorei de fato somente um garoto antes de Taehyun, quem eu considero como meu primeiro amor.
Desde que eu o vi pela primeira vez, tantas coisas nele me chamaram muita atenção e eu queria conhecê-lo mais e mais. Kai já tinha me contado sobre ele e disse que tinha certeza que nos daríamos bem, só não sabia que Taehyun me faria gostar dele tanto assim.
Taehyun era tímido naquela época, extremamente tímido. Mas não consegui me conter de sentar ao seu lado e tentar conversar com ele, a vantagem é que eu sou bom em puxar os mais aleatórios assuntos. O lado ruim era que ele poderia muito bem me achar um chato inconveniente, por sorte, não foi o caso.
Um detalhe importante, não, eu não deixei de notar o olhar prolongado dele em mim assim que cheguei na casa ao lado da minha.
Eu já estava animado por ser aniversário do meu melhor amigo, e quem não fica, não é mesmo? comprei um coelho de pelúcia para ele, afinal, Kai adora o coelhinho Molang e ele estava doido para comprar aquela pelúcia dele que vimos umas semanas antes. Mas aquela noite se tornou ainda mais emocionante quando avistei o ruivo sentado na ponta do sofá, olhando para mim.
Poucos segundos depois descobri seu nome.
Taehyun.
"Eu adorei o seu cabelo, Taehyun-ssi, vermelho é uma cor bem bonita, você parece uma cerejinha."
Talvez não tenha sido o melhor jeito de iniciar uma conversa, já que ele pareceu um pouco assustado quando me sentei no sofá, mas... fazer o que, não é? às vezes, ou quase sempre, eu acabo agindo e falando sem pensar.
Taehyun evitava meus olhos quase o tempo todo, podia ver seus dedos firmes segurando o copo de plástico vermelho parcialmente cheio pelo refrigerante, o jeito que uma de suas pernas evidenciavam sua inquietação vez ou outra, seu olhar ansioso vagando pela sala ocupada por nossos outros colegas.
Eu me esforcei para deixá-lo confortável. E aos poucos, bem aos pouquinhos mesmo, pude ver sua postura mais relaxada, ele estava mais descontraído. E então, já conversávamos como se tivéssemos nos conhecido muito antes daquela noite.
As perguntas escapavam de minha boca naturalmente, estava interessado demais para evitar. O ruivo já as respondia com uma naturalidade maior também, os cantos de sua boca denunciavam um sorriso pequeno, mas agi como se eles tivessem passado despercebidos por mim.
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dream boy | taegyu
Fanfiction[CONCLUÍDA] Estar nos braços de outra pessoa que não seja o Taehyun não parece certo. Mesmo que tudo entre nós dois já tenha acabado, é como se eu, inconscientemente, ainda esperasse por ele. E eu odeio isso, me pergunto se esses sentimentos irão em...
