Amor e Perdição [PJM]

-Fifth-

Park Jimin point of view
Busan, South Korea

Após ver Aurora caminhar para longe de mim naquela noite escura meu coração se apertou e uma dor agonizante se instalou em meu peito.
Doeu demais ver ela ir embora, quando eu queria começar a me aproximar dela. Não a julgo de forma alguma, se eu estivesse no lugar dela me sentiria desconfortável ao ver o escândalo que tinha acontecido.

Entrei no local que me foi dado pelo meu pai quando completei 23 anos e dei de caras com Inha sentada no banco ao lado do balcão, o mesmo lugar onde Aurora estava sentada minutos atrás. Vestia um vestido preto colado mostrando as suas curvas, que mesmo sendo pouco definidas me fizeram suspirar por ela no passado. No passado. Antes de colocar os meus olhos sobre a loira de olhos verdes esmeralda que frequentava a cafetaria todos os dias e pedia sempre torta de morango e cappuccino.

__Eu falei que estava tudo terminado entre nós. Não fui claro o suficiente?__ perguntei exibindo um semblante irritado. Que era o que sentia no momento. Raiva, pura raiva!

__Não. Não foi claro o suficiente! Você me ama Jimin, e eu te amo! Porque você é tão difícil?__ a loira tentou levar a sua mão ao meu rosto mas a impedi segurando o seu pulso.

__Então eu vou repetir. Está TUDO terminado entre nós! Despareça da minha vida! Você é louca, anda atrás de mim desde a semana passada!__ gritei e soltei seu pulso bruscamente fazendo o seu olhar passar de manhoso a um olhar de fúria.

__Não pense que isso vai ficar assim Park, é melhor ter cuidado comigo e proteger a sua namoradinha. Vai que os acidentes acontecem.__ deu um sorriso cínico e se virou indo embora quase furando o chão com os seus sapatos de salto agulha.

Que merda!
Aquela mulher é louca.
Coloquei um ponto final na nossa relação de dois meses na semana passada, ao sentir que a nossa química, sem ser na cama, não era mais a mesma. Meu coração ficava descontrolado e não era ao pé da minha namorada, agora ex, era quando via Aurora. Aqueles lábios carnudos, o cabelo por vezes liso, por vezes ondulado, aquelas olhos que me enfeitiçavam.
Eu estava caindo na perdição que era Aurora Miller e não conseguia sair daquele feitiço que ela lançava cada vez que a via.

Levei as mãos à cabeça puxando levemente os cabelos entre os dedos. Estava frustrado!
Conheci Inha em uma boate quase à um ano atrás. De início era uma atração carnal de ambas as partes e nada passava de nós dois, uma cama, entre quatro paredes.
Passados uns tempos a mulher se declarou, dizendo estar criando sentimentos por mim, e eu julguei sentir o mesmo, estar apaixonado por ela. Começamos a namorar, mas nem tudo é um mar de rosas e aquela mulher por quem jurei sentir amor, se tornou a mulher mais irritante à face da terra.
Era controladora, queria saber todos os meus passos, com quem eu falava, com quem eu fazia amizade e até a que horas entrava e saía do trabalho para que ela fosse ter comigo, T-O-D-O O S-A-N-T-O D-I-A!
Fiquei cansado de tudo aquilo, e a atração que sentia por ela se transformou em um mero nada.
Terminei tudo na esperança de ser livre e ir atrás da minha felicidade. Felicidade essa que vi nos olhos de Aurora, mas a loira oxigenada e irritante continua no meu pé e acabou de ameaçar a mulher que eu quero conquistar.