O terceiro livro que vocês nunca vão ler

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Ok, ok, eu poderia ficar aqui, rodando e rodando... Mas vamos finalmente ao ponto, não é?

Afinal de contas, qual foi o fim de Lucien Delance, fim qual vocês tanto me massacraram?

Então, é...o caixão mesmo.

Mas calma! Pensam que isso também não me machuca?

Eu amava Lucien tanto quanto vocês, ele é, literalmente, um filho meu.

Mas por que eu fui cruel a esse ponto?

Desculpem. De início, a única coisa que eu precisava era: Algo dramático o suficiente para que vocês se mantivessem entretidos e também precisava de alguma coisa que fizesse Roman ceder sua filha e devolvê-la para os Coleman.

O que seria mais plausível do que colocá-la em perigo? Em perigo real?

Roman não parecia disposto a abrir mão de tudo aquilo, e, analisando bem os personagens, Lucien seria a morte mais coerente. Ele não tinha pares românticos ou outras propostas na vida. Seu grande e único objetivo era retribuir ao melhor amigo tudo que ele fez: Dar-lhe a chance de ter uma vida feliz.

É, o nosso querido Delance se sacrificou por um bem maior, para fortalecer - e com sucesso - a relação de pai e filha que os Atwell precisavam ter.

Mas, de início, nem tudo foi tão ruim. Se você leu a primeira versão do livro antes de que eu a editasse, vai se lembrar das várias pistas deixadas para que acreditassem que existiam muitos mistérios na morte de Lucien e que, inclusive, no último capítulo, existia uma grande dúvida sobre isso.

Bem, o plano inicial era que Lucien tivesse planejado sua morte falsa, sem contar para a família, para salvá-los. Assim, teria mais chance de destruir seus inimigos ao longe, quando pensavam que ele já estava fora de jogo.

Lucien, com a ajuda de Edgar, consegue uma identidade falsa como Alan VanCamp e se muda para a Inglaterra, quando as coisas terminam. Ele não pretendia contar aos Atwell que estava vivo porque isso poderia colocá-los em perigo. Assim, ele assume a identidade de um bibliotecário em uma faculdade em Londres.

O que Lucien ou Alan não esperava é que, sete anos depois, Cecily conquista uma bolsa nessa mesma faculdade e se muda para Londres, se tornando amiga do incrível, divertido e solitário Alan, que demora tempo demais para perceber que aquela garota em questão é cunhada de sua querida Beatrice.

Gente, o plot parecia perfeito, sério. Mas enquanto reescrevia o segundo livro, eu comecei a me contestar se isso era mesmo necessário.

Quantas pessoas, na vida real, possuem a chance de viver de novo? A maioria dos leitores odiariam ter que chorar a morte de Lucien para no fim ele estar vivo. E mais! O segundo livro já se contrastava muito do primeiro, e eu temia que as pessoas pensassem que eu fui longe demais na estória, apenas enchendo linguiça em vez de colocar um ponto final de uma vez por todas.

Com isso, com muita dor, optei por não usar essa alternativa e apenas matá-lo de vez. Não sei se isso ficou compreensível.

Ah, e mais. Eu escrevi três capítulos de "Para sempre seu, Lucien" que, na minha concepção, ficaram muito bons. Talvez um dia eu escreva a história da adolescente Cecily na grande Londres, mas não como uma continuação, apenas como uma história nova mesmo. Não sei.

Caso queiram, posso postar aqui os capítulos que escrevi antes de mudar de ideia, ou talvez escrever o livro como uma estória alternativa, nada oficial. Vocês quem sabem, vocês quem mandam.

Grande beijo.

Sinopse de "Para sempre seu, Lucien."

"Em memória a Lucien Delance Castello, amigo, irmão, tio e cúmplice. "

Ao ler aquelas palavras cravadas na lápide sob o grande carvalho branco, Cecily fechou seus olhos, desnorteada.

Por que aquela história, mesmo depois de sete anos, ainda era tão intrigante?

Vocês me cobraram respostas, e cá estão todas elas. É aqui, que saberão detalhes da vida e morte do personagem que conquistou o coração de vocês.

 É aqui, que saberão detalhes da vida e morte do personagem que conquistou o coração de vocês

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