34°

922 96 31
                                    

boa leitura...

Por fim, as nuvens pararam.

A chuva foi embora como um suspiro: Lento e calmo. Os guarda-chuvas foram fechados e as galochas foram aposentadas. A florista voltou a repor seu estoque de flores de verão, os bares estenderam suas mesas á fora. As aves saíram de seus ninhos e as flores se abriram. A grama verde e as árvores brilhantes, fizeram de Londres novamente, viva.

A cortina foi aberta por um enfermeiro, que recolheu a bandeja da mesa.

— Tem muita sorte de estar vivo. "A médica sorriu" — A batida deveria ter te matado. Sem chances de sobrevivência. Foram três dias em coma, que poderia ter durado toda a sua vida.

Louis via a mulher lhe tirar o oxímetro e o aconchegar na cama. O enfermeiro, sorriu quando trocou seus curativos. Os pinos de ferro internos lhe dariam alguns seis meses de bengala e fisioterapia.

Harry estava sentado na poltrona, calado. Seus cabelos curtos estavam molhados pelo banho corrido e ele usava moletom e calças confortáveis. Ele analisava a postura de Louis e da médica, que estava dando seu relatório final.

— Eu tenho um bom anjo da guarda. "Louis garantiu" — Acredite, Dr. Meredith.

A mulher sorriu.

— Eu sei que tem. Bem, mais uns dias e poderá voltar para casa. Volto mais tarde.

Ela saiu do quarto com o enfermeiro e quando a porta se fechou, Harry se aproximou.

— Um belo anjo da guarda? "Ele sorriu, puxando a cadeira e sentando-se ao lado de Louis. Segurou-lhe as mãos e beijou os nós delicados dos dedos" — E quem seria esse anjo?

Louis olhou para Harry. Desde que acordou, o moreno não saía da cabeceira da sua cama. Lia livros, o ajudava a se alimentar e só ia embora para dormir em casa e depois voltava. Nahan e Dulce estavam aos cuidados dos avós. Jay e Mark o visitaram quando ele despertou, mas as visitas foram apenas de bronca por não ter visto o caminhão e pelo susto.

Louis se sentia mais confortável com Harry.

Não sabia se contava ou não, a experiência que teve. As borboletas não retornaram mais para a janela, mesmo com ela aberta durante o dia. Ele sentiu o cheiro de flores e do mar quando acordou no dia seguinte, e teve esperanças de ver Boyce ao seu lado ou de Bella.

"Compartilharemos nossos caminhos, mesmo estando em mundos diferentes".

— Harry, preciso falar com você. "Louis o encarou" — E preciso que me leve a sério.

Harry estreitou os olhos.

— O que foi? O que aconteceu?

Ele se ajeitou na cama, e tomando a mão de Harry na sua, olhou para ele.

— Acredita em mim?

— Com toda a minha vida. "Harry achou graça" — O que foi?

— Eu conheci Boyce.

Harry de repente, desmanchou-se do sorriso.

— Louis..

— Ele me salvou. Ele me deu a oportunidade de estar aqui, pois se não fosse por ele, estaria enterrando a mim nesse momento. Ele me levou para um lugar bonito, e me deixou lá. E eu vi Bella e.. Ele me disse que eu deveria cuidar de você. Que eu não morri, pois Nahan e você não deveriam perder mais ninguém.

Os olhos de Harry se encheram de lágrimas. Ele abaixou a cabeça e Louis se deu no direito de continuar.

— Ele me disse que o maior presente dele é Nahan. Que eu deveria cuidar de você, te amar. E eu te amo, Harry. Não preciso de Boyce para me falar isso.

Letters&Love | adap. larry stylinson Onde histórias criam vida. Descubra agora