Letters&Love | adap. larry stylinson

01°

( Boyce na mídia)

Estava chovendo muito naquela manhã de quarta-feira. O vidro estava embaçado. A casa tinha o aquecedor ligado.

Deitado na poltrona, com um livro no colo, Harry se servia de chá e escutava ASMR nos fones. O ASMR eram sussurros em palavras motivadores e calmantes. Ele vestia um suéter rosa claro, com calças macias e meias nos pés. Empacotado, Harry se viu relaxado e confortável, Boyce surgiu em sua frente, vestido para sair.

— Preciso ir na livraria. "Ele anunciou." — Acho que deixei uma janela do sótão aberta, deve encharcar as caixas .

Harry olhou para fora.

— Não é seguro sair. Olhe a chuva, está desabando o mundo lá fora! "Harry alisou a barriga e o movimento da mão fez com que Boyce sorrisse.

Harry estava grávido de dois meses, tornando ele o homem mais feliz do mundo.

— Não se preocupe, voltarei logo.

Ele chegou perto de Harry e o beijou. Alisou a barriga dele, a beijando também.

— Vamos ser nós três e uma noite de filme.

— Promete que iremos ver Onde mora o coração?

— Você vai debulhar de chorar novamente. "Boyce pegou os sapatos." — Sempre quando chega na parte que a amiga de Novalee sofre com o parto da filha, você começa a chorar.

— Mas é um filme muito bonito. "Se justificou." — Ou é esse ou assistiremos Tempo de Despertar.

— Vamos assistir todos. "Boyce amarra os cadarços" — Trarei caldo e alguns quitutes para gente.

O sotaque americano de Boyce ainda era presente. Harry analisou o marido: Barba grande, olhos azuis feito o céu, cabelos castanhos claros e bonitos. Boyce era um dos homens mais bonitos que Harry já vira. Um que saiu de algum programa de TV.

Harry e ele estavam juntos a quase dois anos. Harry tinha 20 anos quando o conheceu. Boyce tinha 28 anos. Agora, aos 22 anos, Harry carregava o primeiro filho deles. Aos 30 anos, Boyce já sentia vontade de construir uma família. Já que era órfão e não tinha ninguém.

Um trovão sacudiu o céu e fez com que Harry segurasse a mão de Boyce.

— Por favor, não vá. "Ele choramingou." — Não quero você saindo.

— Nada vai acontecer, eu prometo. "Boyce pegou a chave." — Esquente nossa cama.

Harry o beijou novamente, sentindo o sabor de amor que seu esposo tinha.

— Até mais tarde.

Harry o acompanhou até a porta. A casa deles era geminada, colada nas outras casinhas. Harry odiava morar lá, mas Boyce gostava. Esse é um dos principais polos naquela relação.
Boyce era bagunceiro.
Harry era organizado.

Boyce adorava dormir o dia todo, quando não trabalhando. Harry gostava de dar aulas, como professor de ensino médio e corrigia provas enquanto o outro roncava. Boyce gostava de lanches rápidos. Harry gostava de comidas simples.

O polo era o que fazia ficar belo.

Ele deixou o exemplar de Orgulho e Preconceito na mesa, juntamente com o caderno de anotações, enquanto acompanhava Boyce até a porta. Com mais um beijo, se deixaram levar.

Boyce atravessou a chuva.
Estava forte demais.

Pegou o carro e acenou para Harry.

— Eu te amo! "Harry gritou.

O carro saiu para a rua. Harry sentou na poltrona, esperando Boyce voltar.

Mas ele nunca mais voltou...

-X-
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(Até o próximo...)

Lembrando os créditos dessa história são todos da Roselle_Rose!