5.

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— Me largue, Stefan! — Eliza gritou enquanto corria de seus irmãos. Eles brincavam, como crianças.

— Você perdeu, irmã! – Stefan riu, e a soltou. O sentimento entre eles estava cada vez melhor.

— Agora podemos parar de brincar como crianças? – Damon resmungou. Apesar de toda a brincadeira, e do momento em família, ele queria mostrar que ainda estava bravo.

— Eu posso fazer algo pra comermos, o que acham? – Stefan olhou pra seu irmão, por alguns segundos, e depois deram gargalhadas. Óbvio que ela não se lembraria que seus irmãos são vampiros, ela sempre se esquecia desse mero detalhe.

— Do que estão rindo, idiotas?! — Eliza cruzou os braços, olhando confusamente pra seus irmãos.

— Bom se a comida que você fizer for algum corpo com bastante sangue, na verdade o Stefan gosta mais de coelhos, seria bom não acha? — Damon foi o primeiro a falar, Stefan o olhou fazendo careta devido a provocação. Eliza fez uma cara de nojo.

Ela se sentou, cansada, na grama que havia no quintal. Stefan e Damon riram, eles não sentiam nenhum cansaço a tempo então sabiam como era essa sensação. Eliza começou a respirar mais forte, Damon escutou seu coração cada vez mais acelerado.

Ela colocou a mão no peito, percebendo que estava ficando sem ar, os dois irmãos se olharam, ficando assustados. Eliza repetia calmamente os movimentos, recuperando seu ar, mas é como estivessem dilacerando seu coração, algum tipo de magia, ou até mesmo um aviso.

— Pode me explicar o que foi isso? — A voz preocupada e assustada de Damon foi a primeira a sair. Ele se sentou ao lado de sua irmã, que deitou sua cabeça em seu ombro.

— Tem alguém tentando me matar. — sua voz soou fria, e exausta. Ela se apoiou para se levantar, e retornar a sua casa.

Stefan sabia a quem ligar, por mais que se sua irmã soubesse o que ele iria fazer e ficasse furiosa, ele precisava. Precisava ligar para Klaus, para ajudá-lo a descobrir quem está tentando matar a sua irmã.

Ele foi até seu quarto, pegou o telefone, Damon provavelmente brigaria com ele, mas na mente de Stefan aquilo era o certo.

Klaus? — ele respondeu assim que o híbrido atendeu a chamada.

Stefan se está me ligando em busca do meu sangue, eu sinto muito, mas no momento eu tô muito ocupado!

É a Elizabeth. Sei que é cedo, mas achei que fosse necessário. Alguém está tentando matá-la.

Estou a caminho.

Era possível notar o desespero de Stefan e som de preocupação em sua voz, Klaus não hesitaria. Ele enviou Eliza de volta a seus irmãos pra que ela pudesse ser feliz, e pra que ele pudesse cuidar de sua filha, mas mesmo assim, era a Elizabeth quem ele amava, e finalmente tivera uma chance de poder estar em paz com ela.

Mas a assombração de sua mãe nunca deixaria. Não agora. Esse era o maior medo de Klaus, perdê-la de novo.

O sol já estava se pondo, Stefan abriu a porta pra Klaus, e o híbrido andou rápido até a sala, onde estava Eliza tomando um pouco de café. Ela olhava perdidamente para a lareira, presa em seus pensamentos.

Querida?  — Eliza reconheceu rápido aquela voz. Era Klaus, tirando-a de seu transe

—O que faz aqui? — ela o olhou furiosa.

Para Klaus, tudo nela era perfeito. Seus olhos castanhos, seu cabelo, ele admirava tudo nela. Naquele momento na sala, a troca de olhares entre os dois o fez se lembrar o momento mais feliz de sua vida, quando esteve ao lado dela.

Eliza virou seu rosto, ela não queria sentir tudo de novo para depois Klaus a deixá-la. Stefan preferiu retirar-se da sala, deixando os dois a sós. Damon felizmente estava na casa de Elena, que precisaria de sua ajuda com seu irmão caçula Jeremy.

— Elizabeth, por favor, me deixe ajudar. Stefan disse que tem alguém tentando matá-la, isso é verdade? — ele tentou tocar sua mão, mas Salvatore foi rápida.

— É claro que tem! Meu maior erro foi amar você. Me sinto uma estupida, coloquei nosso amor a frente de tudo, e isso me matou. Eu esperei que você me recebesse com amor quando voltei, mas me tratou como ninguém. — Ela cospe as palavras, que bateram como tiros em Klaus.

— Eu sinto muito.

— É tudo isso que vai dizer? "Sinto muito"?

Eliza sempre deixou Klaus sem palavras. A forma que eles dois tinham uma intimidade, mas ao lado dela, ele se sentia seguro e confortável, mas nesse momento, estava decepcionado e envergonhado, ela o colocou numa posição que ele o considera-se a si mesmo como um monstro sem coração.

— Venha pra Nova Orleans comigo. Posso ajudar você a achar quem está conspirando contra você, e posso recompensar o que fiz com você, meus irmãos vão adorar tê-la de volta. — Klaus se aproximou de Eliza, a olhando profundamente com a intenção de convencê-la. É claro que a proposta era incrível, mas ela não abandonaria seus irmãos de novo, ela não decepcionaria sua família, por mais que os Mikaelson's a consideravam parte da família deles, ela não podia deixar Stefan e Damon. De novo.

— Eu não posso. — ela balançou a cabeça em negação, deixando em seu rosto, deslizar lágrimas. Klaus estava inconformado, mas não havia nada que ele pudesse dizer que iria mudar a vontade de Elizabeth, e sua decepção com o seu antigo amor. — Você precisa ir embora, Klaus.

Ele não a contrariou, dessa vez, Klaus não tinha perdido uma batalha, mas sim o amor de Eliza. Não que deixasse de amar ele, mas ela estava decepcionada demais pra pedir a ele que ficasse do seu lado agora.

Mas, ele esperou tanto tempo, anos de espera, anos de dor causada pelos seus pais, Klaus estava prestes a sair quando andou rápido até Eliza, colando suas mãos em seu rosto, deixando um beijo em seus lábios. Uma especie de leveza, e calmaria, o beijo foi tão calmo e doce. Eliza sentia falta do toque de Klaus, e do frio de suas mãos.

Ela o encarou, ainda com seus rostos próximos, sua respiração ofegante, em sua cabeça perguntando vagamente se aquilo era certo.

Klaus tocou seu rosto, passando todos os seus dedos levemente pela face de Eliza, causando leves arrepios por toda a extensão de seu corpo.

— Eu te amo. — ele sussurrou em seu ouvido.

— Eu também te amo.

E eles se beijaram novamente, mas dessa vez, de despedida. Niklaus escutou os passos de Stefan, percebendo que ele descia as escadas, então assim deixou seu último beijo em Eliza e indo embora, mas, fazendo-a sentir, de novo, todo aquele sentimento puro e bonito que só Klaus poderia proporcionar a ela.

𝐎𝐋𝐃 𝐋𝐎𝐕𝐄  -  𝘒𝘭𝘢𝘶𝘴 𝘔𝘪𝘬𝘢𝘦𝘭𝘴𝘰𝘯 Onde histórias criam vida. Descubra agora