18.

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O clima na casa dos Mikaelson's já não era mais o mesmo. Elizabeth foi impedida de voltar para a casa não só por Klaus, mas por todos os seus irmãos. Eles queriam a proteção dela, e sabiam que os Salvatore's não chegariam os pés do poder deles, mas nem todos ali conheciam o poder de Eliza.

O quarto de seu filho estava pronto, mesmo Klaus e Eliza estando distantes a 7 muros, ele não deixou de preparar tudo. Elizabeth andava pelo local, tocando em cada móvel, vendo cada detalhe, tudo tão....perfeito.

A porta do quarto foi aberta rapidamente, sendo capaz de visualizar Klaus, com enfeites pelo seus braços.

— Eu não sabia que estava aqui. — Ele diz com sua voz rouca e baixa, abaixando a cabeça. — Eu posso sair, se quiser.

— Não....Eu estava apenas olhando. — Eliza respondeu com um sorriso, e a expressão de desconforto no rosto de Klaus sumiu. — Eu amei. — Ela se aproximou, pegando o resto dos enfeites pelos braços de Klaus e os colocando em cima do berço.

— Você gosta de amarelo, e de azul, achei que fosse gosta dessa cor para o berço. — Klaus a encara, com seu semblante fechado e um pouco tímido.

— Tinha razão, eu amei. — ela dá uma risada nasalada. — Olha Klaus...

— Não, não precisa tentar se reconciliar comigo, sei que está com raiva mas eu só fiz isso para seu bem. E você deve ter o seu momento, precisa extravasar todo esse medo, e esse trauma que está em você, e por minha culpa. Quando tudo isso acabar, você voltará pra casa.

— Onde está querendo chegar? — Eliza faz uma cara confusa, sem saber o que Klaus estava insinuando.

— Estou dizendo que vai poder ir embora, se acha que essa é a coisa certa para você e sua familia, então deve ficar com eles. Eliza... — Klaus suspirou fundo, tentando achar uma forma de explicar melhor. — É culpa minha nós dois estarmos nessa, se eu tivesse ido embora, você não teria se apaixonado por mim, e eu não teria ficado tão dependente de você, mas agora você está inclusa nessa maldição que é a minha família. Eu não consigo......não consigo parar de amar você, mas posso deixar você ir embora, porque é o certo. Você é um anjo, um anjo que merece proteção, um anjo que apareceu na minha vida me dando esperanças de uma nova realidade, mas eu sempre viverei no inferno. Sempre.

A Salvatore estava boquiaberta, ela não sabia o que dizer, por mais que seu amor por Klaus fosse grande, ele estava certo. Sua família era amaldiçoada, mas aquilo não era culpa dele, nunca foi, ele não escolheu nascer como híbrido, e pra Eliza aquilo era péssimo, ela odiava ver Klaus se culpando por tudo aquilo que ele não tinha escolhido.

— Por favor, me diga que eu não escutei isso. Me diga que é só mais um dos seus surtos e que você não pensou nisso de fato! — Sua voz soou fraca.

— Eliza, se você fosse qualquer uma....Se você fosse de fato qualquer uma na minha vida, eu nunca a deixaria ir, porque eu iria querer ter posse sobre você, mas....Você me ensinou tantas coisas, me mostrou tudo de bom que a vida tem pra oferecer, então você merece uma vida boa. Sei o quanto é envolvida com essa família, mas isso não te torna uma Mikaelson, você conseguiu se livrar dessa maldição.

Eliza o olhava inconformada, ela nunca acreditaria que Klaus a quisesse longe dele, e muito menos fora de seus cuidados, mas só ele sabia o quanto ela merecia, e por mais que ela não quisesse dizer, A salvatore queria estar próxima de seus irmãos.

Damon era ciumento, não deixava sua irmã sozinha em Nova Orleans jamais, sempre dava seu jeito de visitá-la e ter certeza de quê ela estivesse bem, e Eliza se sentia na obrigação de estar perto, mas era difícil estar presente na vida de seus irmãos e ao mesmo tempo estar presente na vida do pai do seu filho, e o amor de sua vida.

Eliza não pensou em mais nada a não ser daquele quarto, ela não queria escutar mais nenhuma daquelas palavras, e por uma vez pensar que talvez Klaus estivesse certo. De fato, sua família é um caos, seus pais são tenebrosos, e todos temem o nome "Mikaelson" carregado pelos seus irmãos, mas Klaus dizia aquilo como se fosse culpa dele Elizabeth ter entrado no mundo sobrenatural, passava na cabeça dela se as vezes ele esquecera que ela era uma bruxa. Eliza era pequena, mal sabia lidar com magia quando se descontrolou, ela levou aquele trauma consigo o resto de seus dias, e esse era o motivo dela ser tão boa para todos, porque um dia ela já foi ruim, e ela gostou disso. Ela gostou de causar medo, mesmo que tenha sido em uma só pessoa, a sensação de ter todo aquele poder em suas mãos e poder colocar fogo em tudo destruindo tudo em sua frente, ela realmente gostou daquilo, e ela tinha medo, medo de perder o controle e libertar aquela vilã que tinha dentro dela, e ver o Klaus ser tão ruim om algumas pessoas fez ela querer ser igual a ele, porque aquilo o tornava forte e temido, enquanto ela era só a protegida Elizabeth, e ela não queria mais isso. 

Ela estava agora, em um cômodo da casa, dando vista para a rua, onde todos estavam animados, dançando, cantando, onde humanos tinham uma vida feliz e mal sabiam das partes obscuras que Nova Orleans tinha. Eliza sentiu o toque de uma pessoa, e quando ela se virou, era Rebekah. 

— Vim checar se estava bem, eu infelizmente escuto tudo nessa casa. — a loira diz, e Eliza dá um sorriso, mas um pouco em dúvida se todos ouviram a sua conversa com Klaus. 

— Ele é tão difícil, quer dizer, é ridículo o fato dele estar possivelmente certo, mas droga....Eu não queria que ele estivesse certo, Bekah. Não dessa vez. — A Salvatore resmunga, o tom de sua voz era pesado, ela estava realmente afetada pela situação. 

— Bom, esse é o Klaus que eu aturo por anos. — As duas riem. — Ele quer apenas o seu bem, Liza. Você sabe disso, ele se preocupa com você mais do que com os próprios irmãos, e se sente culpado por você estar cada vez mais distante dos seus. 

— É, eu entendo. Acho que são meus dias contados nessa casa, Bekah. — A vampira olha para Eliza com uma cara triste, ela estava verdadeiramente infeliz por ficar longe de sua amiga. 

— Sempre será bem vinda aqui, estando com Klaus ou não. Não vejo a hora de ver o rosto de Henrik, e aliás, eu amei o nome. — Rebekah passa sua mão delicadamente pela barriga de Eliza, sentindo um chute, as duas se olham, susrpresas, mas felizes. — Talvez seja estressado, que nem o pai. 

— Torço para que não. 

𝐎𝐋𝐃 𝐋𝐎𝐕𝐄  -  𝘒𝘭𝘢𝘶𝘴 𝘔𝘪𝘬𝘢𝘦𝘭𝘴𝘰𝘯 Onde histórias criam vida. Descubra agora