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Débora 🌻

Paguei meu celular e fiquei mexendo no meu Instagram olhando as fofocas do morro, atualizando tudo, tem que tá sempre pronta né, nunca se sabe quando vou aparecer aqui.

Sinto a Yasmin me cutucar, encaro ela com maior cara de bunda, já estava boladona por estar aqui contra minha vontade.

—Que foi gata? — pergunto, ela só aponta com a cabeça, pra onde o alemão tá sentado e o mesmo me chama com o dedo. Fodeu né.

Me levanto da cadeira e chego perto dele que nem fala nada só me puxa pro colo dele. De momento eu estranhei, mas logo me lembro do que ele fez ontem por mim e relaxo, sentindo que ele não seria capaz de me fazer mal.

—Tranquilo se tu ficar aqui comigo? — diz passando a mão firme pela minha barriga. — não acho bom tu ficar sozinha com essas amigas tua, mó cobras.

—Eu acho que sim. — falei mais para mim do que para ele, que continuou tomando cerveja e prestando atenção no jogo.

Ele tava uma gracinha com uma camisa de time do Flamengo, uma bermuda branca jeans é um chinelo havaianas. Sou tão apaixonada nele!!

Voltei a atenção para o Instagram até que vejo uma mensagem da Nivia que dizia "já tão assim?" olhei para ela e mandei um dedão.

Do nada uma menina chegou perto da gente com a mão na cintura, já pensei que mana ia fazer barraco comigo. Porque as meninas adoram brigar por homem nesse morro.

—Pedro, preciso de dinheiro pra eu descer pro asfalto. — pede me ignorando total.

—O que 'cê vai fazer lá Eduarda? Vai descer pra lá não, vai ficar no morro onde eu posso palmear tu.

—Pedro, já vou fazer 18 anos, eu sei muito bem me cuidar e vou, com ou sem o seu dinheiro. — deu de ombro e olhou com deboche. — você que sabe.

—Eduarda, tu não vai passar da barreira tá me ouvindo? Se não tu vai vê só comigo. — falou em um tom seco sem olhar pra menina.

—Custa você deixa eu ir no shopping? Pelo amor de Deus.

—Vai outro dia. — disse curto e grosso, ela só olhou para ele e saiu batendo o pé. — caralho de garota endiabrada. — continuou e eu segurei para não rir.

—Eu vou comprar um refrigerante pra mim. — resmungo me levantando, doidinha pra ir embora.

—Pode fica suave aqui, que eu peço um pra tu. — disse me puxando de volta, ele só deu um grito na menina que tava do outro lado do balcão que ela trouxe na hora. Ainda fez questão de querer ficar mostrando decote, eca.

|√|

Fiquei até tarde lá, era quase impossível ir embora com o Alemão toda hora me barrando, dizendo que era pra esperar mais um pouco que ia me levar.

E quando eu comecei a ficar com mais bicuda que eu já estava ele me botou de pé, se levantando e despedindo de todo mundo.

Também me despedir das meninas e acompanhei ele até a moto dele, onde fomos os dois sem trocar uma palavra de quer.

Princesa da Favela.Onde histórias criam vida. Descubra agora