- CHANGES -

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Beacon Hills - Atualmente

POV Elena Chasseur Argent/ Isabela Cooper

- Elena, Elena, acorda querida, nós chegamos. - Minha mãe fala me sacudindo na tentativa de me acordar enquanto seus olhos estão focados na estrada e sua mão no volante.

Eu abro os olhos lentamente, devido à claridade que entrava pela janela do carro. Ainda com sono, me ajeitei no banco esfregando os olhos com a mão, tentando acordar. Olhei para a paisagem do lado de fora e avistei no fim do horizonte uma placa dizendo "Bem-vindo à Beacon Hills".

- Eu achei que tinha te pedido para me acordar só quando chegássemos em casa.- Eu disse em um tom ainda sonolento enquanto me espreguiçava. - Eu odeio essa sua mania de me acordar antes da hora.- Minha mãe tem uma pequena tradição. Toda vez que nos mudamos ela chama minha atenção quando passamos pelo "Bem-vindo" da cidade que iremos nos mudar.

- Pare com essa atitude negativa, Elena. Eu tenho um bom pressentimento sobre Beacon Hills, então não vamos começar com o pé esquerdo. - Ela diz alegre, e eu bufo em rendição. Minha mãe está certa e eu sinto que muitas coisas vão acontecer por aqui.

- Tá bom. Falo, me rendendo. - Mas você sempre diz isso quando nos mudamos.

- O que posso dizer, sou uma pessoa otimista.

Quando passamos pela placa somos paradas por uma viatura de polícia, eu vejo um homem, de uns 50 anos sair de dentro do carro. Conforme ele se aproxima eu enxergo uma jaqueta policial e um distintivo em formato de estrela em sua calça e logo presumi que ele é o sheriff da cidade. O que posso dizer: uma boa caçadora sempre é uma boa observadora.

O sheriff chega ao nosso carro, que está estacionado no acostamento, e bate levemente no vidro, pedindo para que minha mãe o abaixasse. Ela o faz e nos deparamos com o nome "Stilinski"no seu sobretudo.

- Bom dia, Sheriff. - Camilla sempre foi ótima em puxar assunto; já eu sou mais reclusa, acho que isso deve ser uma maneira de defesa para não me apegar às pessoas que conheço. Pois nas primeiras vezes que nos mudamos e eu fazia amigos, ficava muito mal depois de recomeçava-mos em outra cidade, mas depois de um tempo isso passou.

- Como sabe que eu sou o Sheriff? - Ele nos olha desconfiado.

"Ótimo"- penso. Tudo que não precisamos é da polícia ficar na nossa cola.

Com um sorriso, mamãe aponta para o distintivo preso no jeans do Stilinski.

- O que posso dizer? Somos observadoras. - Falo na maior naturalidade, como se todo mundo fosse assim.

- Certo, me desculpem o incômodo, mas estamos fazendo uma ronda na cidade.

- Não acho que precisa se preocupar. - Minha mãe fala enquanto procura algo em sua bolsa. - Aqui. - Ela fala entregando nossos documentos.

- Isabella e Emily Cooper? - Ele fala após conferir nossas habilitações e RGs.

- Sim, somos nós. - Eu digo enquanto ele nos devolve nossos documentos.

- Viagem ou mudança? - Ele nos olha enquanto guarda seus óculos escuros em sua jaqueta.

- Mudança, e acho que Beacon Hills é o lugar exato que estávamos procurando, não é filha? - Seu olhar é repleto de esperança, Camilla/ Emily, realmente acredita em recomeços e em nossas chances de encontrar um lar.

- Sim, e você não faz ideia de quanto nos procuramos. Mas enfim estamos liberadas, Sheriff Stilinski? - Não que eu queira ser chata, mas eu acabei de acordar e estou ainda estou um pouco intolerante.

- Sim, mas quantos anos você tem mocinha? - O homem fala apontando para mim.

- Eu tenho 17. - Na verdade eu tenho 18, mas devido às nossas mudanças repentinas, acabei repetindo um ano, então eu digo que tenho 17, é menos incômodo.

- Meu filho tem a sua idade, espero que se deem bem e não quero ver a senhorita faltar às aulas. - Seu tom é sério e chega a ser um pouco intimidador, mas eu gostei dele. Sinto que ele é uma boa pessoa.

- Faltar não existe no meu vocabulário. Não se preocupe, eu sou uma ótima aluna. -Posso parecer convencida, mas é verdade. Caçadora não é bem um emprego, e eu quero ter um futuro promissor.

- Certo, certo, podem ir, mas se precisarem de qualquer coisa, é só me ligar.- Ele fala enquanto entrega seu cartão para minha mãe.

****

Finalmente chegamos na casa nova. E tenho que admitir que Beacon Hills é maior do imaginávamos ou somos péssimas em localização. Não é possível errar uma rua quatro vezes, mas o que importa é que estamos aqui. Não trouxemos muitas coisas. Na verdade só trouxemos o que está no carro. Nossa vida é corrida, então não podemos nos apegar a bens materiais, só àqueles que são necessários.

- Filha, vem aqui e me ajuda com as caixas. - Minha mãe diz enquanto abre o porta-malas.

- Pode deixar mãe. - Eu falo saindo dos meus devaneios. - To indo.

Eu pego uma mala cinza juntamente com uma caixa e paro em frente a porta de madeira procurando minha chave na bolsa. Destranco a fechadura enquanto passo pela entrada. Eu devo dizer que estou encantada, a residência é linda por dentro e por fora, não é nada muito sofisticado, nem muito simples, ela está na medida ideal. Coloco a caixa em um canto e subo as escadas procurando pelo meu quarto, não posso deixar meu armamento no porta-malas para que alguém pegue.

Depois de subir os lances da escada me deparo com um corredor, abro as portas que, no caso, são quatro, em busca do meu cômodo. Pelo que eu vi, no andar de cima tem uma suíte, um banheiro e dois quartos e o meu fica no final do corredor. E sim eu abri todas as portas para finalmente achar onde eu iria dormir. Quando abro a porta me deparo com um lugar aconchegante, não muito grande, mas o azul bebê dá uma impressão de amplidão. Nós compramos o imóvel já decorado, foi mais caro, mas eu acho um saco ter que reformar, pintar e comprar móveis e, acredite, nós temos experiência nisso.

Eu coloco a mala do lado da escrivaninha e me deito na cama. O colchão é tão confortável que me faz querer ficar o dia todo dormindo. Eu sei que dormi na viagem, mas sempre que durmo em viagem fico com sono o dia inteiro.

A minha cama é de casal e está coberta por um edredom estranhamente fofo, branco com detalhes em formato de gravetos, tem alguns travesseiros e almofadas bem macias, sendo algumas coloridas e outras neutras. Tem um armário de duas portas rodáveis com adesivos em formato de granulado e uma escrivaninha bem larga, com uma cadeira com os pés de madeira e o encosto transparente. Se alguém entrasse aqui, a última coisa que iria pensar é que a moradora é uma lobisomem e tem uma filha com caixas cheias de armas. Mas enfim tudo pode acontecer, não é esse o ditado?

Começo a arrumar meu quarto enquanto a noite cai, diminuindo a claridade no cômodo. Acabo deitando na cama ainda cansada, pensando na escola, nessa cidade e quando percebo já estou dormindo.

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Bom noite, mais um capítulo para vcs. Eu sei que foi meio chato, mas eu vou tentar dar uma animada, eu to pensando em fazer com que a história se passe na 3B temporada e na 4, espero que gostem e tem muita coisa por vir. Não se esqueçam de votar e comentar o que estão achando do livro. Isso é tudo Tchau. 

Uma Caçadora em Beacon HillsOnde histórias criam vida. Descubra agora