✧e se você se emancipasse✧

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Bom dia boa tarde boa noite. Eu sei que eu demorei mas já escrevi dois capítulos de uma vez e acho que vocês vão gostar muito desse hihi.

- boa leitura

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--- Mas você conseguiu convencer ela?

Amara suspirou, se recostando na cadeira e bebendo mais um gole de chá.

--- Convencer é uma palavra muito forte. Tipo... ela estava bastante na defensiva, mas com um pouquinho de lábia e gentileza, tudo se resolve. E é verdade, né, a gentileza acaba com qualquer argumento odioso. A pessoa pode chegar tacando pedras, soltando fogo pelas ventas, mas se você retribuir com um "tudo bem, amore. Já falei que te amo hoje?", a pessoa provavelmente vai ficar com cara de tacho e sem reação. Se ela não te acertar um tijolo antes. Mas sim, os Beatles nos ensinaram a amar, então essa é a filosofia --- Sua amiga deu um sorriso, o cabelo caindo no ombro, e você riu. --- A Cyndi vai participar, mas disse que é a última vez. Eu tentei perguntar se era por causa de todo aquele bullying e encheção de saco, mas ela se esquivou com um "não é como se eu não merecesse". E isso meio que faz ela não merecer. Pelo menos até certo ponto. Sei lá, quando a pessoa reconhece o erro e acha que realmente merece lidar com as consequências, dá um pouco de dó, né. Bem, depende, mas nesse caso dá. Eu não acho que a Cyndi seja tão ruim, ela só foi... Meu Deus, egoísta pra cacete diante de uma coisa totalmente séria e urgente e acabou até ocasionando a demissão do Holt vulgo o melhor professor da Clifton e a pessoa que não se omitia e mais apoiava o movimento contra assédio sexual no campus.

Sterling respirou fundo depois de tanto falar, inclinando o corpo para frente e balançando a cabeça.

--- Vou parar antes de voltar a pensar que ela realmente merece.

Você selou os lábios em linha reta, dando um olhar para a senhora Fig, que fez o mesmo.

Você e Ama estavam na casa dela desde manhã, depois que saíram do ensaio, ajudando na decoração de natal. Juliet não costumava decorar a casa, pelo menos não nos últimos anos, quando ela decidiu parar de dar festas da véspera da véspera de natal para os vizinhos. Você podia compreender por quê -- não devia ser fácil ser tão sozinha. Mas as coisas mudaram naquele ano e ela estava bem empolgada para a festa que se aproximava.

Ela com certeza havia chamado o quarteirão inteiro, e os olhos brilhavam enquanto ela contava sobre a comida que encomendou do restaurante da Lana para o dia 23, você e Ama ouvindo atentamente e tentando não comer toda a pipoca que supostamente servia para fazer os enfeites.

--- É sempre difícil nos convencer a acreditar que que as pessoas são más por natureza --- Fig disse, colocando mais uma pipoca na corda fina. --- Só penso que ela seja uma criança desesperada.

--- Só não dá pra negar que ela ferrou com tudo --- Você comentou.

Amara assentiu enfaticamente, Juliet deu um longo suspiro.

--- É verdade, muitas coisas poderiam ser evitadas. Mas até que ponto?

Até que ponto?, você pensou, comendo uma pipoca.

--- Já terminaram? --- Sterling mudou de assunto, olhando para os enfeites e então se levantando. --- Bora pendurar isso logo porque eu preciso da visão artística dessa bela mulher.

Amara havia começado a escrever uma outra peça e estava no processo de formação dos personagens. Ela costuma a dizer que conversar sobre isso com pessoas criativas -- incluindo você -- a ajudava a expandir a mente. E foi o que vocês fizeram pelas próximas duas horas, comendo tortas de limão enquanto falavam sem parar e Fig anotava, assídua, em sua máquina de escrever.