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Roi! Eu senti saudades *sniff. E amei muito escrever esse capítulo. Eu ia soltar ele antes, menor, mas quis escrever mais e dar um maiorzinho procês. Espero que gostem, de coração.

Enfim, boa leitura, no final a gente conversa ;)

💐

Já era noite quando vocês resolveram parar numa lanchonete de um posto de gasolina, no retorno para a cidade. Vocês fizeram os seus pedidos e se espremeram entre as pessoas para encontrar um espaço no balcão. Você estava um pouco impressionada enquanto observava o lugar; era uma lanchonete de beira de estrada, então obviamente haviam vários viajantes, e motoqueiros em sua maioria -- os do tipo com barba, jaquetas e botas de motoqueiro, talvez um tanto quanto assustadores.

--- Você já veio aqui antes? --- Você perguntou para Rob, que olhava para um garotinho chorando no colo da mãe.

Ele riu e bebeu um gole da Fanta, balançando negativamente a cabeça.

--- Se eu não consigo jogar sinuca sem sair com um olho roxo nem com o meu pai, um cirurgião de quase cinquenta anos que faz hidroginástica, imagina com... --- E o rapaz deixou a frase morrer no ar, apenas lançando um olhar para a mesa de sinuca, onde alguns caras grandalhões em coletes de couro faziam seu jogo, e você estava rindo.

Vocês ficaram ali não por muito tempo; o lugar era realmente barulhento, com todas as vozes, os gritos, o tilintar de talheres, o barulho de bandejas na cozinha e todo o resto, então a única maneira de conversar era ficando bem próximos e falando um pouco alto. Não foi de todo ruim, já que em uma dessas vezes Rob desistiu de falar o que pretendia para te roubar um beijo, a fazendo rir e o empurrar de brincadeira pelo rosto.

Ele também estava gostando muito de observar o jogo dos homens, que aparentemente estavam apostando, e continuou com os olhos pregados na mesa até enquanto vocês dois saíam, e você concluiu que não foi a melhor atitude quando um deles, o de uma barba farta e ruiva, olhou diretamente para vocês com um olhar carrancudo.

--- Gosta de sinuca, moleque?

--- Ahn... Sim, claro --- Rob balançou a cabeça.

--- Não quer se juntar a nós pra uma partida? Mas tem que apostar alguma coisa.

Você estava quase arregalando os olhos quando o olhar do homem passou por você, com uma ruga de desconfiança na testa.

--- Tem cinco pratas?

E você nunca se sentiu tão aliviada.

Vocês ficaram por um tempo, e foi realmente engraçado conhecer um pouco tais brutamontes que na verdade eram manteigas derretidas: o de bandana com a barba ruiva era o Bennet, ele já havia levado uns quinze cães de rua pra casa, graças ao amor pelos bichos; o careca era o Bob, ele trabalhava em um asilo, depois de cuidar dos avós e ter certo jeito com os idosos; e o que parecia um vicking era o... Bem, o apelido dele era Vicking, mas ele dava aulas de canto nos fins de semana pra uma turma de crianças de dez anos.

Você naquela noite, mais do que nunca, descobriu que as aparências realmente enganavam.

Se sentiu a vontade com eles rápido, como se fossem amigos de longa data, embora tivessem idade para serem seus pais ou tios muito legais. Você e Rob apostaram cinco dólares cada um e se juntaram ao jogo, rindo mais do que jogavam, se divertindo com os "tios muito legais". Mas o momento mais engraçado deve ter sido quando o Vicking perguntou o que você era de Pryce.

--- Namorada? O que você viu nele, filha?

--- Olha, nele eu não sei --- Você começou. ---, mas vocês usam belas botas.

✧e se você se emancipasse✧Onde histórias criam vida. Descubra agora