✧e se você se emancipasse✧

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Oi, oi. Eu deveria ter postado ontem mas acabei não conseguindo e enfim, espero que gostem, no final eu converso com vocês 💛

- Boa leitura

💐

Você não conseguiu se concentrar muito bem na aula de música pensando no que aconteceu no ginásio. No dia seguinte começaria a detenção com o River, todas as tardes depois das aulas, durante uma hora e meia até o fim da semana. Apesar de pensar que poderia ter acontecido algo pior caso o inspetor Peters não tivesse aliviado para vocês dois, você ainda estava chateada porque teria que trocar todos os turnos do seu trabalho para a noite.

Outro fato é que era realmente uma sorte que ninguém -- ou você pelo menos achava que não -- tivesse visto você e o River seguindo o inspetor pela escola.

A professora de música, srt. Linetti, havia sido um pouco boazinha com vocês e mudou o plano de estudo. Em vez de estudarem um instrumento por semana, iriam permanecer intercalando entre os dois que já estavam mais familiarizados durante todo o trimestre, e só trocariam no próximo. Todos respiraram mais aliviados ao receberem essa notícia, inclusive você, que naquele momento não conseguia nem acertar todas as notas no piano, quem dirá se tivesse que tocar um violino pela primeira vez.

Na saída você falou pouco com os seus amigos; Amara ia passar a tarde ensaiando com o clube de teatro, Lucy ia estudar na biblioteca e River estava já indo embora. Você se despediu dos seus demais colegas e também de Rob, que chegou a te oferecer uma carona para casa, mas você não estava indo para casa naquele momento.

--- Você tá tramando alguma coisa de novo, não é? --- Ele olhou para você com os olhos semicerrados.

O que você diz?

Rob deu um sorriso leve de canto e um beijo na maçã do seu rosto.

--- Se precisar de ajuda, eu ainda tenho um tempo disponível --- E riu, mas então uma ruga de dúvida surgiu no rosto dele --- Bem, eu estava pensando... talvez hoje a noite pudéssemos fazer alguma coisa? Se tudo estiver razoavelmente bem, é claro. Meio que seria horrível se...

--- Claro que podemos, Robin --- Você disse antes que ele terminasse, e o garoto sorriu.

Você o beijou antes que ele entrasse no carro, segurando o rosto de Pryce entre as mãos, os ombros dele caindo um pouco. Sabia que ele só havia entrado no carro quando você já estava longe o suficiente para que ele a perdesse de vista.

Assim, você correu para o café para falar com Jackie. A viu atendendo um cliente em uma mesa, então entrou e se sentou para esperar.

Acabou pegando seu telefone para tentar falar com o Gary. Ele atendeu no primeiro toque.

--- Oi. Ai, aleluia, Y/N, eu já tava enlouquecendo tendo que podar aquelas rosas da minha mãe com ela. Ela não para de reclamar!

--- Você tá bem? Eu fiquei preocupada com você.

--- Eu sei, eu sei. Obrigado por vocês terem vindo aqui e enlouquecido a minha mãe. Sério, não tô sendo sarcástico. Ela terminou a última garrafa de bebida e não pode sair pra comprar outra porque eu escondi a chave do carro, só espero que ela não descubra isso. Pelo menos vou ter uma Olga sóbria até ela inventar de procurar dentro da geladeira. Já te falei que ela ainda tá planejando um "baile da alta sociedade"??

Vocês conversaram por poucos minutos, afinal, ele não podia falar muito senão provavelmente teria mais problemas com a mãe. Você contou o que realmente havia acontecido de manhã na porta da casa dele e Gary pediu desculpas pela mãe. Ele também contou que as coisas não estavam muito bem por ali e, embora quisesse evitar sair de casa para não ter brigas, vocês combinaram de fazer algo por aquela semana.