✧e se você se emancipasse✧

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Oi oi oi como vão?

Primeiro quero pedir desculpa pelo capítulo curto mas eu não queria demorar mais de uma semana e MEUDEUS eu não aguento mais estudar mas ok kk vou fingir que os professores são super compreensivos e passam pouca matéria.

Tá bem simples, mas espero que gostem 💛

- boa leitura

💐

O dia seguinte veio frio, nublado e embora você tivesse dormido pouco, se sentia disposta. Talvez fosse impossível não se sentir disposta depois daquela noite, mas você também devesse dar um pouco do mérito ao Pete, seu parceiro em química, que você descobriu ser quase tão fofoqueiro quanto o Gary. Claro que ninguém era tão fofoqueiro quanto o Gary, mas o Pete tentava. 

--- E o que ela disse?? --- Você perguntou, já entretida e divertida com a história. 

--- Jogou a limonada na cabeça dele. Mas o Kayo mereceu, você não acha? --- Ele falou, disfarçando enquanto arrumava os óculos no rosto. --- Não sei o que ele pensou achando que poderia esconder alguma coisa da Gina. Logo da Gina! 

Você riu. Ainda estava há muito pouco tempo na escola para saber tantas coisas sobre a vida dos seus colegas -- como quem já namorou quem, quem já beijou quem, quem brigou com quem e etc --, mas com os amigos que tinha era fácil ir descobrindo rápido até demais. E com Pete você acabava de descobrir o que havia acontecido com o namoro de Gina e Kayo no ano passado. 

--- Mas diz: ele mereceu, não foi? Dizer que tá doente pra não ir no jantar de aniversário do porquinho da Índia dela e em vez disso ir fumar maconha na casa do Jason? Ok que eu também tava lá, mas perder o jantar de aniversário de um porquinho da Índia?? --- Ele riu. --- O que você faria se você fosse ela? 

O que você diz? 

Vocês pararam de falar quando a professora passou na frente da bancada de vocês, com um olhar severo e os ombros arqueados. Esperaram ela se afastar um pouco. 

--- Eu só consigo imaginar o que se come no aniversário de um porquinho da Índia --- Pete continuou, balançando a cabeça e adicionando uma substância dentro do frasco. --- Tipo... O aniversário é dele. Devíamos comer o que ele come ou ele come o que comemos? Eu também não faço ideia do que um porquinho da Índia come. 

--- É uma ótima questão para de pensar, Pete --- Você balançou a cabeça, divertida. 

--- Então. 

Você riu baixo e olhou para o garoto cujo as bochechas escondiam os olhos quando sorria. Ele era uma pessoa tão legal, quase adorável, você diria. Você às vezes se perguntava por que um garoto tão maneiro seria amigo de alguém como Steve. 

--- Pete --- Você começou, ainda o analisando. --- Você, que é um menino tão... Tão... Decente...

--- Ahã --- Ele arqueou as sobrancelhas e riu. 

--- Mas você é. Quase. Enfim... Como você conseguia participar dos mesmos grupinhos que o Hilton?

--- Jogamos no mesmo time, mas não quer dizer que somos amigos --- As bochechas dele coraram. --- Eu sou amigo do Kayo, do Ray, do Jacob... E eles são legais. Acho que o problema é... Não sei como dizer, mas... Colocar a ocupação de uma pessoa antes do caráter, sabe? O professor Holt já falou sobre isso mas eu não lembro agora... 

--- Sobre generalização?

--- Acho que sim. Sabe, o Steve é um... Filho da puta porque ele é um filho da puta, e não porque ela tá no time da escola... Você tá entendo ou eu não tô falando coisa com coisa?