Capítulo 3

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LAURA

Saí do Café no fim da tarde, avisei que iria passar em casa antes de seguir para a do Bart, por isso estava seguindo até minha mãe. Eu poderia reconhecer a voz dela em milhares de distância, até mesmo quando estava bêbada demais pra falar alguma coisa.

Por algum motivo, ela não está em casa, mas sim na porta de casa e com um homem do qual eu não conheço. Ambos os dois riam de alguma coisa, enquanto me aproximava deles. Mamãe me olhou, reconhecendo-me na mesma hora e abrindo um sorriso enorme.

O cheiro de bebida forte em suas roupas me deixou enojada. Mesmo assim, deixei que envolvesse seus braços ao meu redor.

- Vim ver como você está. - Falei, olhando-a.

- Estou bem. - Respondeu, abrindo os braços.

Olhei para o homem atrás dela, vendo seu olhar nojento em cima de mim. Não queria ficar aqui fora com ele, por isso, segurei em seu braço e a puxei para entramos dentro de casa.

- Não pode entrar aí, não é a nossa casa. - Falou, soltando-se do meu aperto.

Olhei pra ela, tentando entender o que diabos havia dito.

- É sim a nossa casa, vamos entrar. - Pedi, abrindo a porta.

- Laura! - Minha mãe gritou, batendo em minha mão. - Eu vendi, não é nossa mais, é dele agora.

Sem saber o que fazer, olhei para o rosto do homem, vendo seu sorriso de confirmação. Meu Deus, ela só tinha ficado uma noite sozinha, qual era o seu problema?

- Por que fez isso? - Perguntei, baixo até demais pra mim. - Por que?

- Você levou Lucas com aquele homem estranho, aquele que você fez o vídeo, achei que a casa tinha ficado pra mim. - Deu de ombros. - Então, a vendi. Eu estava precisando de dinheiro mesmo.

Olhando para a minha mãe nesse exato momento, eu não conseguia sentir pena dela, só raiva. Ela sempre fazia suas merdas e eu consertava, mas dessa vez, eu só queria gritar.

- Qual o seu problema? - Perguntei, gritando em sua direção. - Essa casa é do Lucas, não sua.

Minha mãe endureceu o olhar.

- Não grita comigo, garota! - Falou, erguendo o dedo. - Você me deixou sozinha aqui, sem luz, sem aquecedor...

- É pra você aprender a ter responsabilidade uma vez na sua vida. - Falei, entrando na casa. - Cadê as nossas coisas?

Ela revirou os olhos, o corpo balançando de um lado pro outro.

- Você é surda ou o que? - Perguntou, colocando as mãos na cintura. - Essa casa não é nossa.

Desesperada, gritei de raiva, jogando a chave na parede. As lágrimas encherem meus olhos rapidamente, eu não queria ficar mais ali, vendo-a acabar com tudo mais uma vez.

- Parabéns, você acabou de ferrar nossa vida pela milésima vez. - Falei, descendo as escadas.

- Laura, volta aqui, não me dê as costas!

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