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FERY

Estávamos loucos, bebos, drogados e cheios de tesão.
Enquanto eu fumava meu baseado, Gio estava me chupando com vontade, enquanto Will estava gravando tudo.
Nossas noites eram assim, gravavamos um vídeo de sacanagem para postar nas redes sociais e deixar a cidade toda enlouquecida.
Gio sempre gostou de atenção e desde quando começamos a ter um relacionamento aberto, ela quis mais.
Então propus algo diferente, e vamos se dizer que ela está adorando a atenção e poder transar com outras pessoas. Eu também, não gosto de ficar ligado em uma pessoa só.

Estávamos numa propriedade particular da cidade, e tenho certeza que os vizinhos já ligaram para a polícia. Era isso mesmo que eu queria, essa atenção.

- Está gostando amor? - Gio pergunta chupando com força minhas bolas.

- Está delicioso, gata - Respondo puxando seu cabelo com força.

Um gemido escapa da minha boca.
Puxo-a com força e coloco a mesma contra a parede.
Ergo sua saia e fico feliz de ver que está sem calcinha.
Coloco-a de quatro encostada e posiciono meu pau na sua entrada.
Ela geme alto quando enfio com força e vontade.

- Oh, oh, Fery - Ela geme sentindo minhas estocadas rápidas - Mais rápido, por favor.

Seguro seu quadril magro e acelero os movimentos para chegar ao ápice mas rápido. Mas era tarde demais.
Duas viaturas pararam do nosso lado.
Will saiu correndo no mesmo instante e nos deixou lá.
Sai de dentro de Gio e me vesti, ela fez o mesmo e saiu correndo rapidamente, e eu fiquei, claro que fiquei.

Assim que os policiais sairam da viatura e vieram em minha direção, eu gargalhei com vontade.

- Olá, papai - Sorrio para o homem em minha frente. Com a cara fechada e a decepção estampada.
Ser filho de um policial tem lá suas vantagens. Eu faço isso tudo para irrita-lo e ele não me deixa preso, isso é muito fácil.

- Porque você não toma jeito, Fery? - Ele pergunta me virando com força e me prendendo com algumas.

- Não tive ninguém para me fazer tomar jeito - Respondo e ele me joga no banco de trás.

- O seu comportamento de merda não é culpa minha - Gritou e fechou a porta com força.

Ele ligou o carro e fomos para a delegacia.
Eu sabia no que isso ia dar.
Ele ia procurar alguém de TI para retirar meu último vídeo da internet e no dia seguinte ele estaria lá novamente. É assim que me divirto, tirando com a cara dele.
Olhando as luzes da cidade enquanto o carro passa, só queria um baseado agora. Deixei o meu cair quando vesti a calça, droga.

- Você vai apagar aquele seu site idiota e pornográfico - Ele diz no banco da frente.

- Bem improvável, senhor Thompson - Sorrio e olho pelo espelho.

- Sua mãe está decepcionada com você - Ele debocha - Você é a vergonha para essa família.

- Eu acho que a vergonha é você.

- Acha legal, fazer videos pornográficos com sua namorada vadia? - Ele diz ríspido - Eu não vou passar mais a mão na sua cabeça. A próxima vez você será preso e ela também.

- Não fala dela - Grito - Seu problema é comigo, porra!!

- Você é um estorvo, isso sim!!

Respiro fundo e volto a olhar para as luzes lá fora. Preciso me acalmar para quando sair daqui, não socar a cara desse velho.

(........)

Assim que chegamos em casa.
Meu pai sobe para seu quarto e só consigo ouvir ele falando merdas sobre mim.
Entro para pegar uma cerveja e um cigarro e volto para fora.
Era mais ou menos 01:34 da manhã.
A rua estava silenciosa como sempre e todas as casas apagadas.
Acendo meu cigarro e abro a cerveja barata.
Assim que do um trago, sinto meu pulmão se encher e a brisa passar por todo meu corpo. Isso é tão bom, porra.
Tomo um gole da cerveja amargo e do outro trago, um maior.
Vejo de relance que a luz da casa vizinha acendeu. E na janela da sala estava uma garota, com uma camisola curta e branca. Não sei se fico com tesão ou com medo.
Ela tem cabelos castanhos grandes, sua pele branquinha e serena.
No mesmo instante que ela me olha profundo, a mesma se vira e fecha a cortina. Eu em.. Extremamente excitante e estranho.
Continuo fumando meu cigarro e tomando essa cerveja horrível.

(.........)

GABRIELA

Não conseguia dormir de jeito nenhum.
Estava dormindo em um sofá enorme e mesmo assim não conseguia dormir. Medo dos pesadelos, medo do que pode acontecer amanhã. Muito, muito medo.
Me levanto e vejo que Gui dormia no outro sofá, ele estava bem.
Vou para a janela e puxo a cortina para observar a rua.
Tinha alguém na rua, a essa hora da noite.
Estava encostado em uma viatura. Estava fumando um cigarro e tomando uma bebida.
Ele era cheio de tatuagem, pelo corpo todo... Posso ver que tem alguma bem pequena no rosto.
O jeito que ele soltava a fumaça era muito bonita.
E me tremi quando ele me olhou profundo.
Seu olhar, mesmo de longe.. Me invadia, me fazendo tremer.
Respirando fundo.
Consigo tirar meu olhar dele e fecho a cortina.
Me sinto mais aliviada quando me viro e não encaro mais aquele cara. Ele era sexy e ao mesmo tempo, parecia um problema.
Penso em Trevor, em como deixei ele sem ao menos uma despedida, ou uma mensagem.
Eu sou uma péssima pessoa mesmo.
Eu só não queria tornar as coisas piores.
Namoravamos sim, mas eu não o amava e nem ele a mim. E sei que essa foi a melhor escolher. Deixar ele seguir a vida dele e eu recomeçar a minha.
Me deito novamente e tento deixar o sono vir, rezando para que não venha um pesadelo, e sim um sonho bom.

Até Você AparecerOnde histórias criam vida. Descubra agora