Mestre da Morte

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Piscando os olhos lentamente o garoto observa as coisas ganharem foco a sua volta. Ele estava na enfermaria sabia disso. Era onde estava antes que a Morte decidisse conversar com ele, então ele presumiu que logicamente era o único lugar que poderia estar.

Os goblins a sua volta suspiram aliviados ao verem o garoto acordando. Ele teve uma parada cardíaca durante a remoção do blocos que felizmente eles conseguiram reverter. Mas o alívio mesmo não era por isso e sim pela figura sombria que estava no canto da sala desde que o garoto entrou tivesse finalmente ido embora. Eles sabiam quem ela era, já tiveram que lidar com muitas mortes antes, mas nada nunca parecido com o que aconteceu. A entidade os olhava como se os desafiasse a tentar qualquer coisa com o seu herdeiro e sinceramente? Eles não eram nem loucos de tentar. Depois de verem o teste de herança do garoto para saberem exatamente com o que estavam lidando, a última coisa que eles pensariam seria tentar contra a vida daquele garoto.

Os goblins poderiam ter a magia diferente dos bruxos assim como o tempo estimado de vida, mas eles sabiam que nunca se deve tentar desafiar a morte. Ainda mais se ela é tão protetora com o seu mestre. Todos ali sabiam que aquele garoto era importante, não só por ele ser o garoto que sobreviveu como muitos ainda gostam de chamar. Mas pelo tanto de títulos que ele possuía. Ele sozinho poderia ganhar boa parte dos votos do Winzengamont considerando o quanto de cadeiras que ele possuía. Além é claro do fato de ele ser o mestre da morte.

Nunca ninguém na nação dos goblins havia ouvido falar em um bruxo que tinha poder o suficiente para se tornar o mestre da morte. Eles ouviram histórias de muitos que tentaram, mas todos falharam em algum momento em sua missão, fosse por ambição ou descuido. Aquele garoto mesmo compelido da maneira que estava conseguiu o que mais ninguém fez. Ele merecia o respeito daquela nação.

-Vejo que acordou, como se sente? -Maeve pergunta ao garoto o ajudando a levantar e o dando uma poção reestabelecedora.

-Como se um troll tivesse dançado em cima de mim, mas bem -ela ameaça um sorriso com a analogia do garoto.

-Isso vai ajudar -aponta para o vidro da poção que o ele bebe sem exitar -Deseja ver as mudanças? -ele franze o cenho não entendendo.

-Mudanças? -ela assente estalando os dedos fazendo com que um espelho apareça na frente do garoto que não esconde seu espanto arregalando os olhos. Vendo seu reflexo ele percebe que pela primeira vez desde de se lembra está sem seus óculos. Sua visão é perfeita, seus olhos continuavam o mesmo verde que muitos diziam vir de sua mãe, mudando levemente conforme batia luz. Curvas agora acentuavam o seu corpo, seus cabelos estavam um pouco abaixo da altura do ombro em um castanho quase preto. Ele ainda se parecia muito com o seu pai, mas agora também tinha um pouco de seus padrinhos e de sua mãe em si, o que o deixou extremamente feliz. Sorrindo para sua nova aparência ele vê suas roupa no canto da sala onde as havia deixando antes de ficar inconsciente. Resolvendo testar o que estava dito em seu teste ele acena com a mão fazendo com que elas flutuassem até si mostrando que ele estava se adaptando bem com as mudanças de sua magia. Ele podia sentir a diferença.

-Vou deixá-lo para que se vista. Aqui está a lista de poções que eu recomendo que você tome assim que chegar em casa. Você pode estar se sentindo bem agora, mas tudo isso vai pesar em algum momento então é bom tomar todas elas nos horários indicados -ela repreende fazendo o garoto se encolher levemente. Ele sabia que nunca se devia provocar ou mal dizer um goblin. Para sua segurança era melhor fazer o que ela estava mandando.

-Kreacher -ele chama pelo elfo que aparece em segundo não escondendo sua preocupação ao ver seu mestre daquele jeito -Eu estou bem -diz antes que o elfo tenha qualquer chance de questionar sua segurança -Explicarei tudo quando voltar pra casa. Por enquanto preciso que arranje essas poções pra mim -ele entraga o pergaminho vendo o elfo ler cada uma das linhas antes de assentir -Quero que tranque o flu e bloqueie qualquer possibilidade de entrada de cartas na casa, se tiver alguém lá procurando por mim expulse -o sorriso no rosto do elfo cresce ao ouvir essas palavras. A maldita traidora de sangue e a sangue ruim estavam a horas monopolizando o elfo desde que ele entregou a mensagem dizendo que seu mestre não estaria disponível para o jantar e que iria remarcar. Poder se livrar delas da maneira que ele quisesse fez seu lado perverso vir a tona -Só não faça nada se forem os Weasleys mais velhos. Você tem permissão para banir apenas Ginny, Ronald, Hermione e Molly. O resto eu posso lidar quando chegar, só se certifique de que nenhum deles está sob o efeito de alguma maldição ou com alguma poção nociva -o elfo faz careta mas assente, deve ter um motivo para seu mestre dizer aquilo então ele não o iria contrariar -Isso é tudo Kreacher pode ir, obrigada -ele acena com a mão lançando um tempus -Eu chego antes do jantar -diz ao elfo que desaparece indo fazer tudo que lhe foi pedido.