Draco nunca se viu tão errado em toda sua vida.
O ômega realmente teve coragem em tirar os bebês de perto de si, andando para cima e para baixo com os mesmos, sendo ajudado pelos dois outros ômegas, Hermione e Ronald. Mas o alpha percebia que, mesmo com a ajuda de seus dois amigos, Harry ainda não conseguia tomar conta totalmente dos dois bebês e aquilo irritava o loiro. Ele estáva ali para o que? Um enfeite? Uma imagem?
O pior, definitivamente, tinha sido quando, uma semana depois, Lee começou a chorar desesperadamente de dor e Alicia não conseguia dormir por isso, ficando terrivelmente irritada durante o dia. Ele nem ao menos podia ajudá-lo, pois Harry não dava o braço a torcer para pedir ajuda a ele, que o alfa faria sem nem pensar duas vezes. Draco estáva sinceramente cansado de ouvir a porta do quarto do ômega abrir quando Lee começava a chorar e então o silêncio, indicando que o moreno havia colocado um feitiço silenciador.
Por Merlin, eles estavam parecendo um casal de jovens pais após uma briga. Uma briga que já estáva rolando por muito tempo.
Draco não aguentava mais ficar longe. Não poder conversar com o moreno. Não poder provoca-lo. Era sempre o auge do seu dia quando provocava o pequeno ômega, era simplesmente delicioso ver seu rostinho se avermelhando todo e os olhinhos esverdeados tão belos brilhando em raiva, ter o cheirinho do ômega aumentando drasticamente e preenchendo a sala. Céus, como o alfa sentia falta daquilo e só havia passado uma mísera semana. Ele estáva a ponto de surtar e eles nem estavam acasalados. Ainda.
Suspirando, o alfa loiro passou a mão pelos cabelos tão claros que pareciam brancos, voltando a fazer um ensaio de runas.
[...]
Draco passou a odiar runas. Sério, agora ele as detestava. Ele estáva naquilo havia meia hora e não conseguiu sair da primeira linha, Harry e as crianças estavam na sala e pela primeira vez estáva silencioso. Draco não gostou nada daquilo. Largando o pergaminho, o alfa pensou em quem poderia ajudá-lo com as crianças e Harry, uma boa opção seria o padrinho do dito cujo, afinal, Sirius estáva grávido do segundo filho de Lupin. Eles certamente saberiam o que fazer. Além de Sirius ser seu primo graças a sua mãe. Sim, seria uma boa ideia.
Tendo um plano em mente, ele saiu de seu quarto e fechou a porta, passou pelo corredor e parou na entrada da sala, observando com carinho Harry brincando com as crianças, arrualhando para elas. A cena era extremamente adorável e seu peito enchia de orgulho. Draco não pode deixar de imaginar como seria com o filho deles, uma bela mistura dos dois... Céus, ele tinha se tornado um bobo apaixonado irreversível.
Viu o rostinho do ômega se contorcer em raiva e depois ficar em branco, quando sentiu o cheiro do alfa invadir a sala. Voltou a se concentrar nas crianças e Draco passou por eles, suspirando e erguendo a cabeça, o andar arrogante de todo Malfoy. Saiu pelo retrato e foi a caminho do escritório do diretor, para pedir autorização para ir até Sirius. Dumbledore relutantemente deu a autorização, somente depois de ouvir o que estáva acontecendo e suspirando, permitindo para o grande alívio do alfa loiro, pegou o pó de flu e disse o endereço da casa de campo dos Black-Lupin, sendo este o Winter Garden. Ao chegar, foi recebido por risadas infantis e um cheiro de leite morno, que estáva impregnado na casa.
Logo uma criança de quatro anos com cabelo azul pastel e um lobisomem aparecendo, com a criança fugindo e o alfa atrás da mesma.
— Hey, Draco. O que faz aqui? - Perguntou o lobisomem claramente ofegante por correr atrás do garotinho, que atualmente estáva atrás de uma poltrona bege rindo com as mãozinhas na boca.
— Remus, oi. Então... Harry está difícil de lidar e não me deixa chegar perto das crianças. Socorro? - Perguntou sem graça, saindo da lareira e dando de ombros.
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Saturno.
FanfictionAs brigas eram constantes. Céus, Hogwarts simplesmente não aguentava mais. Uma hora iria desabar. O herdeiro Malfoy e o herdeiro de Potter e Slytherin. Os dois juntos eram uma catástrofe. Mas então, como um raio de esperança para Hogwarts, o que...