0. prólogo

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Chorar.

Chorar é um hobby.

Um dos meus preferidos, eu diria.

Às vezes, vem como uma tempestade de verão no meio de um inverno rigoroso.

Dói profundamente, mas me reconforta em saber que ainda sinto algo. Eu sei que dói, é uma ferida profunda que não consigo estancar, não consigo tocar ou ver com calma e frieza. Mas entre soluços e suspiros, eu consigo aliviar um pouco.

O rosto enrubesce, as lágrimas ardem, a garganta fecha - e dói, como dói - o corpo se retrai e não há um raio de sol que pare essa tempestade.

Mas ela para.

Eu consigo.

AutodestrutivoOnde histórias criam vida. Descubra agora