Capítulo 7

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Raquel e Lorenzo entravam pelas portas do glamuroso restaurante,em plena meio-dia em ponto.Quando a cidade estava um caos para o almoço,cheia de pessoas indo e vindo,em suas próprias bolhas e problemas pessoais.

--Queiram me acompanhar--o recepcionista os levaram até uma mesa,ao fundo do luxuoso restaurante,reservada.Nela esperavam,dois homens elegantes,torrando provavelmente,em vinho e petiscos,o salário de um ano de muita gente.

--Desculpe estarmos destrajados para a ocasião,viemos direto da escola--comentou os dois se sentando.

Luíz,não tinha se recuperado da briga de mais cedo--Vejo que ainda veste esse pano que mal cobre metade das coxas...-- comprimentou,analisando duramente o vestuário da menina.

-- Eu prometo que não me veram mais com ela!--apazigou a menina.

--Assim espero--disse e Lorenzo veemente concordou em pensamento,não falou nada sobre,para que não aumentasse o ego de Luíz Miguel.

Lucas bebia o líquido vermelho denso,sentindo o maravilhoso cheiro que a menina exalava naturalmente.Calado.

-- Eu fiz o favor de pedir os seus pratos--comentou Luiz,dobrando o pano sobre seu colo.

Dois garçons,chegaram servindo um chique prato enfeitado.O prato de Raquel era uma simples macarronada,mas que muito lhe satisfazia.

--Vejo que vou comer a japonesa--comentou Lorenzo,analisando o prato servido.

--Japonesa?--perguntou a menina.

--Longa história.Imprópria para seus digníssimos ouvidos--dobrou um dos panos presentes na mesa e depositou nos colos de Raquel--Pelo seu histórico,temo que se sujara inteira.

A menina percebeu que haviam mais de 3 garfos na mesa.Confusa,escolheu o maior deles.

--Começe sempre de fora para dentro--comentou Lucas pela primeira vez.Comovido com sua inexperiência.

--Bom,irmãos,recebemos um agradável convite da casa dos Almeida Campos para uma degustação de vinhos.Claro que,como eu quero comprar metade das empresas deles,vocês irão...

--Pra mim não dá!--recusou Lucas imediatamente--Minha agenda está super apertada...

-- Não estou pedindo!Quero todos vocês,até mesmo Raquel...--olhou misteriosamente para a garota.Que por um relance,ou mudança drástica de iluminação,achou que seus belos olhos azuís passaram a serem lilás.

O homem piscou e quando a menina olhou novamente,percebeu que era só azuis.

--Obrigada pelo convite--comentou,levando mais uma garfada cheia de macarrão na boca.

--De nada--comentou passando as mãos por uma mecha de seu grande cabelo--Agora,você é da família!

Raquel olhou para suas grandes e fortes mãos,encontrando um anel bonito,revestido de ouro com uma pedra lilás.O mesmo anel,só que em Lucas,era amarelo.E em Lorenzo,vermelho.

--Bom,irmão será que pode ficar com Raquel e levá-la para casa?Tenho que voltar rapidamente para a escola!--disse Lorenzo se levantando.

--Tudo bem!

--O evento será as 17:00,na casa deles,não se atrase!--apontou para ele.

--Ok,ok.Estarei lá,irmãozinho.

Terminaram de almoçar.Luíz pagou a conta e se direcionaram para a entrada do restaurante.

O motorista particular dele,abriu as grandes portas da Land Rover blindada e Raquel entrou no espaçoso carro.

--Vamos direto para a empresa--anunciou para o motorista--Raquel,passarei para pegar alguns papéis,depois te levarei para casa.

A menina concordou,e o veículo direcionou-se para o centro de grandes empresas de São Paulo.

O prédio dos The Rodriguez era o maior deles em toda a avenida.Espelhado,luxuoso e composto por 30 andares.Oferecendo emprego para milhares de pessoas que se provassem dignas dela.

Luíz Miguel era um dos empresários bem mais sucedidos do país.Era mencionado,requisitado e pesquisado.Todos queriam ser como ele,que havia começado do nada e se tornado o melhor.

--Vem,vamos...--chamou Raquel,que se emprecionou com o local.Pessoas educadas e elegantemente vestidas.

Todos os comprimentavam com "Boa tarde" ou "Tenha um ótimo dia".

Entraram em seu elevador particular,subindo diretamente para o trigésimo andar.

Luiz Miguel,andava exalando ar de superioridade,não que fosse esnobe,talvez um pouco.Essa fosse sua essência.

Um belo partido,um belo homem.Era o sonho da metade das mulheres da elite paulista,mas agora,indisponível.

--Boa tarde senhor Rodriguez--saldou,Lidiane,a secretária.Surpresa,por ver uma menina o acompanhando.

--Essa é minha sobrinha,Raquel--apresentou-as--Sirva alguma coisa para ela--pediu,entrando na sala principal.

Raquel sentou-se em umas das grandes poltronas da sala de espera em tons amadeirados.

--Senhorita,quer água,café,capuccino?Posso pedir para alguém buscar qualquer coisa que queira,que não tenhamos disponível...

--Um cappuccino está ótimo!--pediu simpática.A mulher logo andou até uma das máquinas que se localizavam no canto da sala,preparando o solicitado.

Luíz Miguel mexia em alguns papéis,quando sentiu a necessidade de olhar para fora,sua sala permitia que pudesse enxergar todo o perímetro da sala de espera,mas quem lá estava,não conseguia exergar nada além de um vidro fumê.

Viu Raquel, sentada sem nenhum modo em uma poltrona de frente a sua sala,revirando as revista disponíveis.

Conforme rodopiava,na cadeira giratória,permitia um bela e vasta visão de suas pernas e se olhasse demais,ousava dizer que se via suas peças íntimas.

Luiz indnou-se com o fato de não perceber estar chamando tanta atenção,qualquer pessoa que passe por ali,sua atenção tomaria.

--Lidiane--discou no ramal do telefone--Peça que Raquel entre na minha sala agora!

Alguns instantes depois a porta foi aberta,passando Raquel por ela.

--Fique aqui!É mais confortável--indicou o sofá de couro,perto das grandes estantes de livros.

A menina sentou-se no sofá tentando se distrair pelas revistas,parando em uma página de modelos sem camisa.

Observou seu tio empenhado em papéis e se permitiu olhar detalhadamente,sem julgamentos,para o modelo,que vestia apenas sungas.

O grande homem começou a sentir um cheiro,muito,muito bom.Um cheiro de mulher.Um cheiro doce.

Levantou os olhos procurando a tal mulher pelas salas de espera,pois se a achasse,com certeza,a teria em sua cama.

Conforme o tempo passava mais o cheiro se empregnava em sua sala.Luiz analisou Raquel,percebendo que o cheiro,era dela.

A menina olhava,sem pudor para o homem da revista,sentindo coisas estranhas,quando foi tomada dela,a sua única e satisfatória distração.

Luiz averigou o homem de sunga,sorrindo em seguida--Está pensando em comprar sungas?--questinou olhando-a.

Raquel não sabia aonde enfiar a cara e muito menos pensou estar tão distraída que não ouviu os passos do seu tio até ela.

--É...é...é!

Luiz devolveu a revista.Ficar perto de onde o cheiro emanava,estava lhe causando sensações estranhas.

--Quando chegarmos em casa,pedirei para Marisa,compra-las para você...--comentou sarcástico,deixando ainda mais,Raquel sem jeito.

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