Uma Nova Chance

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Maratona pós sumiço 3/3

Elisa narrando

"O que vocês dois estão fazendo aqui?" pergunto ao Jonatha e ao Antônio que acabam de descer do carro

"Vi que tinha um carro te seguindo" é claro que o Jonatha viria atrás ele aceitou muito fácil, se fosse em outra ocasiao eu acharia graça, mas estou preocupada demais para rir dessa situação.

"Estava preocupado com você dirigir nervosa, você furou uns 3 sinaleiros" Jhonatan dá de ombros enquanto se explica

"Vocês nao tem o direito de virem atras de mim!" Digo calma mas sentindo minha paciencia se esvair conforme andava em direção ao portão da casa da minha mae "ELIZANDRO ABRE ESSE PORTÃO AQUI" começo a esmurrar o portão com toda minha força e ninguém sai, começo a sentir o desespero querer tomar conta de mim "Eu vou abrir essa merda agora" saio de perto do portão e vou em direção ao meu carro

"Você ta maluca Elisa?" Jonatha segura meu braço assim que tento entrar no carro

"Maluco tá é esse imbecil que não abre essa merda" puxo meu braço

"Elisa, respira, o que está acontecendo?" aquele momento não era ideal para aquela pergunta, eu estava com raiva, estava preocupada, estava com a mente cheia, tinha acabado de sair de uma discussao com o Jhonatan e derrepente isso acontece e ainda não é nem 15hrs da tarde.

"ELIZANDRO ABRE O PORTÃO OU EU CHAMO A POLICIA" grito ignorando a pergunta do Antônio e logo ouço o portão grande ser aberto

"Elisa Elisa, tenho que dizer que te subestimei" Elizandro aparece no portão e pelos arranhões acredito que nada está bem dentro dessa casa, espero as meninas aparecerem, espero minha mãe aparecer, nada, ninguem aparece alem dele.

"Eu te avisei Elizandro, eu deixei bem claro pra você o que aconteceria se você encostasse nelas" sinto meus punhos se fecharem e meu rosto ficar quente, sinto a vontade de entrar no meu carro e atropelar aquele desgraçado, mas Jhonatan começou a segurar minha mao e eu nem percebi.

"Você não avisou que viria acompanhada, que belos rapazes" ele encara o Jonatha e o Antônio logo atrás de mim com aquele ar de deboche "espera"

Não, não, ele não pode reconhecer ele, não pode, não tem como ele só viu ele duas vezes e foram rápidas

"Cadê minha mãe?" corto antes que ele fale algo que não deva

"Por ai" ele sorri com aquele sorriso perverso

"Elizandro eu juro que eu vou te colocar atrás das grades por tudo que você ja fez" meu rosto se contrai de raiva, ódio, medo uma mistura inexplicável

"O que está acontecendo aqui? Tem como alguém explicar?" Jhonata entra no meio tentando entender

"Droga, não se mete" Falo simples e vou entrando dentro de casa

A visão que eu tive poderia me assustar, mas eu ja estava acostumada com aquilo, desde a infância, eu via minha mãe comprar tudo e depois de uma semana tudo ser despedaçado, ela comprava e na primeira briga ela e ele quebravam tudo, eu tremia de medo, chorava, gritava de medo, até que eu entendi que minha mãe só vivia daquele jeito por escolha dela, a relação deles era tóxica, ela sabia, mas ela continuava pq ela gostava daquela relação esquisita