Uma Nova Chance

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Elisa narrando

Assim que voltamos da pizzaria, Antônio foi embora com a promessa de que iria voltar, estar com ele e as meninas essa noite, foi simplismente maravilhoso, claro que ouvindo as piadinhas idiotas que me deixavam ruborizada vindo das meninas, mas foi sensacional, comemos e no final teve aquela pequena discussão sobre ele querer pagar sozinho e eu também e depois decidimos dividir a conta.

"Clara e Aylla, vocês dormem juntas no quarto" elas assentiram ja entrando no mesmo, até pq ja era quase meia noite, elas estavam cansadinhas, ja a Pam e a Nara, estavam ligadas no 12 "vocês duas dormem no quarto de hóspedes, vocês sabem onde fica as cobertas e os travesseiros" elas assentiram e se jogaram no sofá

"Queria beber" a Nara fala me fazendo arregalar os olhos, claro, ela beber não era bem uma novidade, mas como uma irmã consciente que sou, não vou deixa-la fazer isso, minha mãe sempre teve esse problema de bebidas comigo e a Dani e eu não quero que a Nara siga esse mesmo caminho, então só nesse quesito eu vou sim ser a irmã chata, a Pam não dá esses tipos de problemas pra dona Mariana, até pq ela é a mais religiosa, ela vai mais a igreja do que a própria mãe e isso é ótimo, porém essa questão não impede ela de se divertir, claro que não de uma forma exagerada.

"Tem água na geladeira e suco também" me sento no sofá e ligo a tv

"Chata você em" revira os olhos e se senta ao meu lado

"Mas fala ai Lisa, quando é que você iria contar que estava namorando?" A Pamella se senta do meu outro lado

"Vai catar coquinho Pamella, ta doida? Eu não namoro não" bato na cabeça dela e ela ri junto com a Raynara

"Eu não falo nada, mas ja falando, você não namora desde aquele seu último namoro falido" Raynara alfineta, ela sabia de minha história com o Jonatha, até pq quando eu me relacionei com ele, ela tinha 11 anos se eu nao me engano e como eu não falava sobre essas coisas com a Dani que ja tinha seus 20 e uma filha pra cuidar, eu acabava 'desabafando' com a Nara que ria horrores

"E dai? Eu nem preciso disso" dou de ombros escolhendo um filme da sessão infantil

"Sério que vc vai escolher desenho Elisa?" Pamella resmunga ao meu lado

"Vai te catar Pamella, eu escolho o que eu quiser credo" coloco bob sponja pra rodar

"Vou até fazer nossa pipoca depois dessa" Raynara levanta e vai em direção da cozinha

       O filme estava passando e nós conversando horrores, rindo e brincando sobre nossa 'infância' o Antônio tem realmente razão em dizer que eu perco minha 'postura' de mulher formada quando estou com as meninas, sei la, eu fora do consultório gosto de aproveitar, curtir, brincar, aproveitar certos momentos, e com minhas irmãs não é diferente, me sinto uma adolescente novamente, as brincadeiras, os sorrisos, as palhaçadas que fazemos, é tão bom que quando elas vem pra cá, as meninas nem veem aqui, as vezes mandam uma mensagem ou outra mas segundo elas: 'vc passa muito tempo longe das suas irmãs, quando elas estão com você, você tem que aproveitar' e bom, é isso que eu faço, me torno uma criança junto com elas.

"Mas ai Nara, e os namoradinhos?" Ela me olha e da de ombros

"Se meu pai souber que eu me envolvi ou me envolvo com alguém você sabe o que acontece" ela da de ombros, o Elizandro realmente é um pamonha no melhor dos 'xingamentos' a Raynara nem é filha de sangue dele, ela conhece o pai dela, os avós paternos e talss, mas o Elizandro com todo aquele ar de 'eu que mando em tudo' tira tudo da minha irmã.