Uma Nova Chance

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Elisa narrando

Minha quarta feira passou voando e quando vi ja era quinta.

    Acordo, tomo um banho, me arrumo, arrumo o lanche para as meninas e vou até o quarto para chama-las

"Clara acorda princesa" beijo seu rostinho e ela ja abre aqueles olhinhos dela me fazendo sorrir

"Mas ja mamãe?"  assinto com a cabeça e ela se levanta preguiçosamente

"Acorda a Aylla pra mamãe?" Ela assente sorrindo e eu vou pro quarto das meninas que logo seria o quarto de Nara, não posso dizer que fiquei afetada com o que a Pam falou, aquilo me doeu, principalmente olhar em seus olhinhos sabendo que tudo o que ela estava fazendo era para proteger sua irmã, a qual viveu junto esse tempo todo, por mais que as duas vivem brigando, mas são irmãs e elas se amam além de todas as briguinhas.

     Observo as duas dormirem, a Nara com os braços rodeados na cintura de Pam, se eu dissesse que elas estavam dormindo desse jeito, elas nunca acreditariam e por esse motivo eu peguei meu celular e fotografei a cena, usaria isso ao meu favor, sinto isso, e com um sorriso de gente sapeca eu me jogo em cima das duas

"Sai Lisa, sua baleia orca assassina" Pamella começa resmungar com sua voz de sono e me chutar com os pés

"Eu to com falta de ar ou foi um trator que caiu em cima de mim?" Raynara se senta na cama quando eu me levanto, ela coça os olhos e me encara "a não, é só a Elisa mesmo" a Nara e a Pam gargalham me fazendo fazer um bico

"Ih Nara, não pode ser sincera que o elefante levanta a tromba" eu reviro os olhos saindo do quarto

"Falam, falam de mim e no final dormem agarradinha uma na outra, as duas com medo do bicho papão" resmungo antes de sair do quarto e escuto elas rindo

"O UNICO BICHO PAPAO QUE TEM AQUI É A PSICOLOGA ELISA" Pam grita de dentro do quarto e eu rio sozinha, essas duas é demais viu

      As meninas lancham, se arrumam e logo depois deixo cada uma em seus respectivos colégios.

    Chego em meu consultório e respiro fundo, diferente da última vez, eu ja esperava o Jonatha, por que eu sabia que ele iria vir, eu podia sentir isso por incrível que pareça.

      Arrumei o consultório, peguei o caderninho com o nome dele e folheei as marcações, diferente dos diversos outros cadernos, o do Jonathan não tinha tanta coisa, até pq o idiota não me fala o que ele tanto quer, espero que dessa vez flua alguma coisa, é horrivel a sensação de que ele está tomando o lugar de uma pessoa que talvez precisasse dessa consulta mais do que ele, eu poderia dizer que nao quero atende-lo, poderia recusar todas as sessoes dele, mas nao consigo, algo em mim ainda quer ve-lo, ainda quer ouvi-lo, ainda quer ama-lo, talvez seja a parte de mim que acreditou que ele realmente me amava.

      Escuto o sininho da porta e sei que ele chegou, espero o mesmo bater na porta, assim que ele dá dois 'toc' eu mando entrar e ali estava ele, seus cabelos lisos desgrenhados, seu sorriso de canto, e aquele par de olhos negros me encarando, por um momento encaro seus olhos, e sinto o velho friozinho na barriga que ele me causava, antes aquilo me fazia sorrir, hj aquilo me faz sentir medo e nervosismo.

"Bom dia Jonatha, sente-se por favor" desvio meu olhar do dele, pois sei que se eu não fizesse travariamos em uma batalha