Parte 3

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POV Jin

- Amanhã eu vou até a sua casa pegar as suas coisas, você não precisará voltar lá, se não quiser. – ela arregalou os olhos.

- Nunca poderia te pedir algo assim, Jin!

- Você não está pedindo, eu estou me oferecendo para fazer isso. Se você tomou mesmo a decisão de se separar dele, eu vou te apoiar, pode ter certeza. – percebi que ela não sabia o que dizer. Eu também notei que estava tomando as decisões por ela e recuei um pouco. Tudo o que eu menos queria era que a S/n se sentisse diminuída por mim assim como se sentia pelo Mark. – Olha, eu não quero te forçar a tomar uma decisão, só saiba que eu estou aqui, caso precise. Se acha que eu não devo fazer isso, eu não farei.

- Tudo bem, Seokjin. Obrigada mais uma vez. -

S/n sussurrou e eu vi que estava indo longe demais, por isso resolvi encerrar o assunto, pelo menos, por hora.

- Que tal dormirmos um pouco, hm? – ela concordou. – Você fica na minha cama e eu fico aqui no sofá, ok? – A menina negou no mesmo minuto.

- De jeito nenhum! Até parece que eu vou te tirar da sua cama! Não existe a menor possibilidade! - ela falou de modo convicto. Aquela era a S/n que eu conhecia, forte e decidida, não essa nova versão que mais parecia uma gatinha acuada e com medo.

- Lá é mais confortável para você. – tentei argumentar, mas ela já havia tomado a decisão. Acabei me dando por vencido. – Ok, me deixe então fazer uma cama mais macia para você aqui neste sofá. – disse indo em busca de alguns travesseiros e edredons. Mas tão logo eu deixei a sala, pude ouvir umas batidas muito altas no corredor do prédio. Voltei na mesma hora e me deparei com S/n com os olhos arregalados. Tanto eu quanto ela já imaginávamos a origem daquele som. – Vá para o meu quarto, está tudo bem. – falei no momento em que ouvimos um homem chamar por ela. S/n demonstrava temor e eu a segurei em meus braços.

- Eu não quero voltar para aquela casa, Jin. – ela choramingou.

- Você não vai, pode ficar tranquila. Fica no meu quarto e fecha a porta, vou me livrar dele. Eu não direi que você está aqui. – S/n assentiu e saiu do cômodo.

Me encaminhei até a porta e espiei pelo olho mágico. Aquele imbecil estava esmurrando a porta do apartamento da S/n e gritando para que ela saísse dali. Ele berrava "S/n, sai daí agora! Eu sei que está aí dentro!" Destravei a tranca da minha porta para encará-lo. Só eu sei o quanto eu já desejei quebrar a cara daquele palhaço. E agora vendo o quanto a minha melhor amiga estava quebrada por causa dele, era quase impossível controlar a minha vontade de dar uma surra naquele verme.

- O que pensa que está fazendo? – indaguei assim que ele se virou para mim e me encarou com aquele ar superior de merda que sempre teve.

- Kim Seokjin? Nem me lembrava que você ainda morava aí. – sabia que era mentira, mas o idiota sempre tentava demonstrar o quanto eu era insignificante para ele.

- Por que está gritando na frente do meu apartamento às duas da manhã? – eu estava tentando manter a calma.

- Vim buscar a minha noiva, fecha a sua porta e fica na tua! – cerrei as minhas mãos em punhos.

- Se você não sair daqui agora, eu vou chamar a polícia, babaca! – Mark me olhou debochadamente.

- Estou com tanto medo... – ele se virou e voltou a esmurrar a porta. Eu não me contive e fui de encontro a ele.

- Olha aqui, seu merda! – disse entre os dentes – Ela não está aí e mesmo se estivesse, ela não iria com você! Sai fora daqui agora antes que eu perca o pouco de paciência que eu ainda tenho! – dei um empurrão com força em seu peito e ele retraiu uns passos. A expressão dele mudou, típico desses abusadores filhos da puta, é só encontrar um cara que os enfrente que eles colocam o rabo entre as pernas. Esse tipinho só cresce com quem é mais fraco que eles.

- Ela é minha noiva e eu tenho o direito de levá-la comigo! – eu dei uma risada sem o menor humor.

- Direito? Ela não é uma coisa que você comprou, babaca! Você não tem direito nenhum! Sai daqui! – empurrei ele mais uma vez e acho que Mark notou que eu estava mesmo disposto a quebrar a cara dele.

- Ok! Eu vou embora, mas eu volto para pegar a S/n! – ele virou as costas e partiu dali. Mas não antes de me ouvir dizer ao bater a minha porta.

- Nem fudendo, seu escroto do caralho!

Aquele em que ele ainda te ama - Kim SeokjinOnde histórias criam vida. Descubra agora