• 𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐𝟔

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Macaco Aranha

Macaco Aranha

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• Por, Lana...

Não, não... Não!
Eu não posso acreditar no que eu fiz, não posso mesmo!

Poderia ser qualquer pessoa, qualquer pessoa naquele evento, Lana. Mas você tinha que escolher justo o seu cunhado para desabafar de que estava apaixonada pelo seu cunhado!

E é tão surreal que nem faz sentido quando eu penso.
Eu quero morrer!

— Lana... — escuto Henry bater na porta. — Lana abre, vamos conversar, por favor. — pede

Sim, eu me tranquei naquele mesmo quarto em que acordei. E de jeito nenhum que eu abro essa porta.
Não mesmo!

Já não basta o dia em que ele me viu vendo ele trocando de roupa. Agora vem essa, dele ser o cara que eu confessei estar apaixonada sendo que ele é o cara por quem eu estou apaixonada.

MEU DEUS!
Por que as coisas com o Henry sempre são emboladas desse jeito?
Eu não tenho um minuto de paz!

— Lana? Eu só quero conversar, por favor. — Henry insiste.

Nada respondo, eu não tenho condições de olhar na cara dele, nem agora e nem nunca.

Começo a andar pelo quarto sem saber o que fazer, até porque, eu estou no apartamento dele.
O que eu vou fazer?
Não posso ficar aqui para sempre.

Olho para o lado e vejo uma espécie de sacada, ou seja lá que porcaria de rico é essa. Empurro uma porta de vidro enorme e consigo ver todo o prédio, inclusive o estacionamento lá em baixo.

Eu não iria pular, iria?
Óbvio que não, Henry mora no último andar ou sei lá, mas é muito alto.

Começo a olhar por todos os cantos em busca de fugir dele sem ter que abrir a porta do quarto.
Lembram quando eu disse que quando eu fico nervosa faço as coisas sem pensar muito bem? Pois então, é exatamente isso que acontece.

Olho para baixo e vejo que tem uma área com uma piscina, ma calma, eu não vou me jogar daqui na piscina.
Continuo analisando a situação e vejo que é muito alto e levando em consideração o meu peso, eu com certeza afundaria e me machucaria legal.

Continuo analisando até que olho para o lado e vejo a parede, mas não é uma parede qualquer. A parede é feita de pedras ou sei lá, a única coisa que eu sei é que que ela tem um monte de buracos onde eu poderia facilmente escalar e descer.

Antes de me chamarem de macaco aranha quero dizer que apesar de sedentária, sempre gostei de ir naqueles lugares onde eles te amarram com um monte de coisa e você tem que ficar escalando. Então sim, talvez eu consiga descer por essas pedras.

Sem pensar duas vezes subo em cima do murinho que tem em volta da sacada e pulo do outro lado.

E são nessas horas que você se questiona...

— A que ponto eu cheguei, meu Deus! — falo para comigo mesma. — Se eu não morrer agora eu não morro nunca mais, certeza!

Coloco o primeiro pé e coloco todo o meu peso sobre ele para ver se de fato, aquelas pedras me aguentam.
Após perceber que sim, coloco uma mão e o outro pé, ou seja, eu só preciso soltar a outra mão que ainda segura no murinho.

Por que eu sou assim? — fecho os olhos com força e tiro a mão, pegando com força na pedra.

Ótimo! Consegui me segurar, agora eu só preciso descer.

Tipo, a altura não é tão grande, mas ainda sim o medo de me quebrar toda existe, né.

Com muito, mas muito cuidado, vou colocando meus pés nos outros buracos e descendo lentamente. Eu não posso fazer nenhum barulho, já pensou se o Henry me pega dando uma de ninja aqui.

Continuo descendo e já criando vitória por ter conseguido fugir dele. Mas é aquela coisa, né... Nada na minha vida da certo.

Eu já estou em uma altura considerável para não morte, mas uma perna ou um braço quebrado eu poderia ter. E é justo quando eu estou sorrindo, que eu me descuido e um de meus pés escorrega.

E sim, eu cai.

Aaiaai! — sem pensar solto um grito de dor.

Eu consegui cair de quatro, sim de quatro, como se não fosse humilhante o suficiente o que eu estou fazendo. Isso sem contar o barulho horrível que fez comigo caindo, não sei como ainda estou viva.

Deitada no chão, abro e fecho os olhos várias vezes para ter certeza de que estou viva. Tento me levantar, mas é aí que eu percebo a merda que eu fiz.

Tem sangue escorrendo pelas minhas pernas, eu consegui ralar os dois joelhos. Isso sem contar no meu pulso que tá doendo demais por conta da queda.

Já não estava muito bom, aí ficou meio ruim... Mas agora parece que piorou.

Assim que consigo me recompor e tento me levantar, sinto uma dor fodidamente horrível no pé e caio novamente no chão.

Teria eu, quebrado o pé?

— Mas que inferno! — grito de raiva e de dor.

Vamos analisar a situação com calma agora. Eu tentei fugir do meu cunhado, por quem eu também sou apaixonada e acidentalmente me declarei para ele.
Me pendurei sobre a sacada e escalei igual um macaco aranha uma parede só para não ter que falar com ele. Também cai no chão, estou sangrando, talvez com o pé quebrado.
E isso tudo... Isso tudo ainda usando apenas uma camisa do Henry e a minha calcinha.

Por que choras, Tom Cruise?
Consigo ser mais perigosa do que você, tá vendo.

Não sei quanto tempo fiquei deitada tentando me recompor, tudo doí e eu só queria ir embora desse lugar logo.

E adivinhem só, quem aparece.

— Meu Deus, Lana! — escuto Henry se aproximar. — O que foi que você fez?

Finalmente abro os olhos e dou de cara com ele me olhando, completamente assustado, óbvio.

Seria esse o meu fim?

E-eu cai? — respondo fazendo uma careta.

♥️

Me chamem de louca, mas eu já escalei uma parede de pedras kkkk

Baseado em fatos reais que fala, né?

Até a próxima 🤭

𝙱𝚎 𝙼𝚒𝚗𝚎 • 𝐇𝐞𝐧𝐫𝐲 𝐂𝐚𝐯𝐢𝐥𝐥 ☑️Onde histórias criam vida. Descubra agora