Nosso Cotidiano

Seu mestre mandou

Esse cap é um teste??? Eu realmente não sou boa em escrita em primeira pessoa, então decidi treinar e saiu esse pequeno trecho
Se passa no ponto de vista do América ok? Aproveitem ♡

Xxx ♡ xxX

Esperei até que ele saísse do banho, eu já tinha me trocado e estava sentado na cama, tomávamos banho separados porque vi na tv que intimidade demais acaba com a paixão no casamento e eu não podia deixar isso acontecer! Mesmo que ele achasse idiotice, eu não poderia arriscar o que temos.

Rússia finalmente saiu do banheiro, e me mexi inquieto, assistindo atentamente enquanto ele seguia até o armário, ainda secando precariamente o cabelo com uma toalha e revirando a gaveta em busca da cueca que queria, tirando a toalha da cintura e se vestindo sem se importar com a minha presença assim que a achou. Agradeci mentalmente pela visão de sua bunda empinada, e então sacudi a cabeça, tentando focar na minha ideia original, e quando ele finalmente olhou em minha direção – talvez questionando o que eu queria? – sorri, chamando-o com um dedo.

— O que você está inventando agora, Amerika?

— Quero que se ajoelhe, aqui na minha frente. – Mandei, vendo como seus olhos se estreitavam em minha direção.

Cruzei as pernas, sustentando seu olhar com ainda mais intensidade e confiança, eu tinha certeza que se parecesse convencido o suficiente ele desistiria de uma discussão, esse era um truque antigo que sempre funcionava. Simplesmente porque meu querido marido sabia o quão bom – e insistente - eu podia ser com argumentos.

Por fim, Rússia finalmente se rendeu, se aproximando com a mesma expressão desconfiada e então se abaixando na frente da cama, ficando apoiado em um dos joelhos, seu cabelo ainda molhado fazia com que pequenas gotas de água escorressem por seus ombros e peitoral, o que me distraiu por alguns segundos, até que ele arqueasse a sobrancelha, limpando a garganta para chamar novamente minha atenção.

— E agora?

— Agora, você vai beijar meus pés e dizer o quanto me ama, Hot stuff — Ditei animado, apoiando um de meus pés em seu ombro enquanto sorria.

— Sem. Chance. – Seu tom rude enviou um calafrio á minha coluna, e seus olhos se tornaram inesperadamente sombrios de repente enquanto virava o rosto em outra direção, evitando meu olhar e já ameaçando se levantar, mas infelizmente para ele, eu já o tinha onde eu queria, e não planejava deixá-lo escapar tão fácil.

— But Russ-! Eu sempre quis fazer isso com alguém... E você nunca diz o que você gosta em mim, só que me ama! E sou sempre eu quem digo primeiro, isso não é justo. Rusky~, por favooor!

Implorei, fazendo a carinha mais triste que consegui, e observei sua expressão se contorcer em culpa, Rússia costumava fazer essa cara enfezada quando alguém reclamava de sua falta de tato com relacionamentos e palavras amigáveis no geral, a testa franzida e um biquinho que eu realmente morderia se não fosse o risco de levar um soco depois. Hah.

— Você sabe que eu te amo, não entendo porque tantas reclamações. — Seus braços de cruzaram, mas ele não tentava mais se levantar, apenas encarava a parede, como se alguém fosse colar uma placa lhe dizendo o que fazer.

— Ás vezes as pessoas precisam ver para crer, y’know?

De repente, ele suspirou, e eu soube que tinha tomado sua decisão.

— Me dê. — Ergui minha perna em sua direção e dessa vez Rússia segurou, o rosto fechado mas suas orelhas queimavam em vermelho, denunciando seu nervosismo. Tão fofo. — Eu... Eu amo você. – Ele soltou após uma pausa, as bochechas também corando enquanto ele plantava um curto selinho na ponta do meu dedinho.

3 anos juntos, 1 ano casados, e ele ainda se enrolava para cumprir pequenos atos como aquele. Rússia precisava sentir verdade nas próprias palavras e por isso demorava para dizê-las. Eu o amo ainda mais por causa disto.

— Mas o que exatamente você ama em mim?

— Isto é sério?

— Eu quero saber!

Outro suspiro, mas dessa vez havia diferente em seu olhar quando ele voltou a me olhar, algo que agitou meu peito e me fez tremer sob seu toque, sentindo um novo beijo, dessa vez mais próximo de minha canela.

— Amo seu olhar e como consigo dizer o que está sentindo através dele. Amo seu jeito de falar, sua voz e como está sempre empolgado com algo novo, como se todos os dias fossem uma descoberta. — Outro beijo, e suas mãos subiam por minha perna, arrepiando meus pelos com o toque frio, ele seguia a declaração de olhos fechados — Amo suas ideias, amo cada parte do seu corpo — Mais um, dessa vez na parte interna da minha coxa e acompanhado de uma mordida suave, agora eu podia encará-lo de cima, mas não me sentia superior como pensei que seria, pelo contrário, eu era quem estava sendo domado e subjugado perante palavras tão amáveis — Cada dobrinha, cada cicatriz, cada tatuagem, tudo o que faz você ser você. Eu amo tudo isso.

Quando terminou, Rússia me abraçou pela cintura, se aconchegando entre minhas pernas, os joelhos ainda no chão, apoiei minhas mãos em seu rosto, acariciando a região com ternura, a essa altura meu coração batia como um louco e eu sabia que meu rosto estaria tão ou mais corado que o dele, entretanto, isso não parecia importante agora.

Me abaixei um pouco, sentindo nossas respirações se misturarem antes que ele finalmente fechasse a distância entre nós, juntando nossos lábios em um selinho demorado que logo evoluiu para um beijo calmo, sua língua se enrolando a minha como em um carinho conforme ele se levantava e subia na cama, terminando apoiado sobre mim, me observando com aqueles orbes cinzentos sempre tão densos e expressivos.

Rússia roubou mais um beijo, mais bruto, necessitado, como se tentasse me provar que suas palavras eram verdadeiras, e ainda assim era doce, o sabor costumeiro de álcool sendo substituído por mel, ou algum outro doce russo desconhecido por mim. E então ele se deitou ao meu lado, me puxando para si, sussurrando o que havia se perdido antes, qualidades minhas que somente ele podia ver, e quis mandá-lo calar a boca, eu jamais teria uma resposta a altura daquilo.

Rússia me amava e eu o amava, e não haveriam palavras que pudessem realmente expressar isso, mas ouvindo suas palavras em meu ouvido, sentindo as mãos grandes ao redor de mim, eu só pude desejar estar gravando aquele momento e que ele não passasse nunca.