A vida cor de menta {🌈} - (myg+pjm)

Capítulo sete;

No domingo, Yoonji e eu estavamos organizando algumas coisas na casa. Trocamos as cortinas finas da sala e quarto por umas mais grossas, organizamos os pratos e o os talheres no armário, e Seokjin comprou uma cesta de alimento me ajudar. Arrumar a casa de um jeito que me agradava com a companhia de Yoonji afastou um pouco minha depressão. 

— Namjoon disse que vai mandar lençóis, cobertores e toalhas — Yoonji diz, colocando uma camisa minha no cabide preto e pendurado na arara. — O pessoal da boate estão ajudando, arrecadaram várias coisas. Namjoon me mandou uma foto, veio tanto papel higiênico. Você vai poder cagar a vontade, juro. 

Eu estava na escada, colocando a cortina na janela do quarto. Ri com o que ela me disse e quase perdi o equilíbrio.

— Você pode entregar uns currículos meus? — Pergunto, descendo da escada e olhando como ficou a cortina na parede. — O escritório me paga bem, mas não o suficiente para morar aqui e eu não quero abusar da bondade da Jennie. 

— Claro — ela concorda, ainda concentrada em organizar minhas roupas na arara. — Com seu QI e cursos não vai ser difícil achar um. 

Olhando para meu reflexo no vidro da janela, falei: 

— Acho que vou abandonar a faculdade. 

Yoonji me olhou, assustada. 

— O quê? O que está dizendo? Você não pode largar. Tem que se formar. Precisa. 

— Estou tão desanimado para isso — contei, me virando para ela. — Faz dias que não vou para a faculdade e só vejo as aulas online. 

— Jimin, você não pode deixar isso te paralisar — Yoonji se levantou e veio ao meu encontro, segurando minhas mãos e me puxando para sentar na cama. — Por favor, não tome uma decisão que vá se arrepender só porque está passando por um  momento difícil. 

Como guardar o segredo sobre nós dois? Eu não pensei isso! 

Me levantou da cama e começo a tirar minhas roupas da mala, colocar no cabide e pendurar na arara. 

— Provavelmente eu não largue — falei. 

— Prometa. 

Um vez que não fiz isso de imediato, Yoonji levantou e segurou meu queixo, virando meu rosto na direção do seu.

— Prometa!

— Tudo bem, prometo. — Caramba. 

Sorrindo, ela beijou minha testa. 

— Esse é o meu nerdzinho.

Por que ela me dava a impressão de ser minha mãe, meu pai, minha amiga e minha amante, todos juntos em uma única pessoa? Porque ela era. Ela era meu tudo.

— Eu te amo — contei a ela. 

— Eu também te amo, Jimin — segurou meu rosto entre as mãos. — De todo o meu coração. — Me beijou. 

Voltamos a organizar minhas roupas. Pensei sobre o que acabei de prometer a ela. Nesse momento, os estudos universitários eram minha última preocupação. Sobreviver um dia de cada vez havia se tornado minha prioridade.

(...) 

Abandonar a faculdade nunca foi uma opção. Bem, já chegou a ser nos dias que eu não aguentava mais. Nos dias que estava tão sobrecarregado e sobre as pressões que mamãe colocava em mim. Nesses dias, eu não pensava desistir só da faculdade. Pensava em desistir de tudo. Então, dirigia até a rodovia mais movimentada da cidade, estacionava o carro na grama e esperava um caminhão passar, mas ele nunca passava. Só passava quando cansava de esperar e estava voltando.