Capítulo três;

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Fiquei por mais tempo que necessário na casa de Yoonji após finalizamos as filmagens. Não queria volta para a casa por ainda está irritado com os ocorridos pela manhã. Ou eu só não queria voltar para a vida real? 

De qualquer forma estava bom ficar com ela. Yoonji me contou um pouco sobre seu grupo de amigos e algumas histórias engraçadíssimas que me faziam quase chorar de tanto rir como quando ela tava contando que um tal de Namjoon estava ficando com um cara em seu carro — Yoonji estava em um bar do outro lado da rua esperando o amigo terminar — e a polícia  passou. Ela notou algo estranho no carro e bateu no vidro. Em um ato de desespero, e sem saber do que fazer a camisinha, Namjoon enfiou a camisinha na boca e engoliu. 

Agora ela estava se arrumando para sair com os amigos. Era por volta das oito da noite e minha mãe havia mandado várias mensagens mandando eu voltar para casa. Ignorei todas. Ela precisa deixar eu viver minha vida.  A porta do quarto se abre e Yoonji saí de lá usando uma camisa social branca gigante sob um Slip Dress preto com desenhos de dragões. 

— Tem certeza que não quer ir? — Ela pergunta se aproximando e pegando o celular no sofá. 

— Tenho. — Respondo. — Não curto muito festas. — Meus olhos escorregam pelo seu corpo enquanto ela digita uma mensagem. 

— É só uma baladinha. — Yoonji abaixa o celular e me olha. — Você um universitário, uma festa não vai te fazer mal! — Yoonji insiste. 

Realmente não ia me fazer mal ir, mas ela tava falando de uma balada gay… 

— Você me conhece, vou está lá. Do seu lado. Vamos lá, vai… por favor. — Ela junta as duas mãos em um apelo dramático. 

Olhando para ela, reconheço que não quero ficar em casa estudando a noite inteira, ou falando com a Agatha. Tudo que quero é evitar ela o máximo possível.  E eu preciso filmar o cotidiano de Yoonji para o documentário. 

Não consegui segurar um sorriso quando vi a desculpa perfeita para justificar meu sumiço daquela noite.

— Pensando bem, eu vou sim.  — Anúncio  ainda com meu sorriso doce. — Pode ser divertido. 

Yoonji dá  um gritinho. 

— Eba! Vamos nos divertir tanto. — Diz caminhando até a porta. 

Segui ela. Yoonji veste seu sobretudo e eu o meu. Saímos do apartamento e a observei ir até a porta do outro  lado, e toca a campainha, alguns segundos depois Seokjin abre a porta. 

— Se você bater o meu carro nem precisa voltar. — Ele passou a chave do carro para ela. Apesar de ter sido sério em sua fala, Yoonji riu. 

— Sua lata velha vai ficar bem. — Garante. 

— Melhor tomar cuidado com o que diz ou posso te despejar daqui. — Seokjin ameaçou e ela jogou a cabeça para trás rindo. 

— Tchau, Seok, te mando mensagem. Beijos. — Jogou um beijo no ar para ele.

Yoonji começa a andar para o elevador e eu também, mas não antes de Seokjin e eu trocamos  olhares. Ele me olha sério, como se estivesse me ameaçando apenas com o olhar. Engoli em seco e abaixei a cabeça, seguindo a garota. 

— O que aconteceu com seu carro? — Pergunto após as portas de metais se fecharem. 

— Bati em um poste. — Respondeu, dando de ombros como se aquele tipo de coisa fosse normal na sua vida. 

Comecei a pensar em perguntar como ela pode ter batido o carro, mas antes que eu conseguisse perguntar ela virou e começou a arrumar o cabelo no espelho. Prestei a atenção nos seus atos até meu olhar descer. Fiz um biquinho infantil nos lábios quando vi que o sobretudo cobria sua bunda. 

A vida cor de menta {🌈} - (myg+pjm)Onde histórias criam vida. Descubra agora