2 - Curva do tempo

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Mais um capítulo para vocês! Fiquem atentos que hoje, mais cedo, postei o capítulo 1 ♥ Confira se vocês o leram ♥

Marcos correu os olhos mais uma vez pelos papéis, procurando por alguma cláusula que fosse inadequada ou que prejudicasse o acordo

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Marcos correu os olhos mais uma vez pelos papéis, procurando por alguma cláusula que fosse inadequada ou que prejudicasse o acordo.

Resmungou baixo, o cansaço do dia o atingindo. Quem cuidava daqueles detalhes chatos era sua assistente e braço direito que, simplesmente, havia mandado uma mensagem naquela manhã, avisando sobre sua demissão e sua viagem para a Escócia, onde estava indo ao encontro de algum sujeito que conhecera pela internet.

Ele achava que Giulia era mais esperta do que aquilo.

Enfim, nada pudera fazer a não ser aceitar a demissão dela e ficar com a parte burocrática da empresa de cabeça para baixo. Mal tivera tempo para almoçar ou pensar em qualquer outra coisa.

Marcos esfregou os olhos, checando as horas. Ainda eram cinco da tarde, mas a sensação era de que virara três noites naquela cadeira. Decidindo deixar o contrato para o dia seguinte, levantou-se, se despediu do pessoal que encontrou pelo caminho e foi até o seu carro, um Azera branco.

Durante o percurso para sua casa, o celular fixo ao suporto vibrou, anunciando a chegada de uma mensagem. Sem tirar os olhos da avenida, Marcos clicou na tela.

"O advogado dele vai entrar com o pedido".

Dirigindo e digitando — seu irmão Leon, o dedicado investigador da família que vivia em Curitiba, o repreenderia de cinco maneiras diferentes se o visse fazendo aquilo — ele respondeu a mensagem.

"Pedido do quê?".

Levou alguns segundos para a resposta chegar.

"Liberdade condicional".

Aquelas duas palavras gelaram seus ossos.

Um som ardido de buzina o assustou; o carro ziguezagueou em sua mão, e ele percebeu que quase batera ao avançar em uma placa "Pare".

— Corno!

Ele ignorou o xingamento, encarando a tela do celular.

"Liberdade condicional".

— Puta que pariu.

Puta que pariu.

Mesmo com o sol do entardecer que brilhava sobre os prédios altos, a sensação era de que estava inalando uma névoa fria e densa.

Sua cabeça girava a mil por hora.

Apertando o botão do controle encaixado no quebra-sol, Marcos abriu o portão eletrônico da casa e manobrou o Azera na garagem.

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