e quando não há mais pelo que lutar

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"A maioria das tempestades
Não as perco
Não as deixo passar
Caminho com elas
As admiro com uma xícara de café
Admito que faz tempo que não admiro uma tempestade
Uma orquestra de trovões e relâmpagos
Como uma de Bach, Verdi ou Wagner
Como um pouco de puro ouro
Que sabemos que é ouro
Minhas garrafas todas vazias
Meu peito todo vazio
Meu fígado encharcado pelo álcool barganhado
Minha cama tem uma mulher, morena e nua
Que eu francamente não sei o nome, não me lembro
Eu pego minha xícara
E me sento na cadeira de balanço
Como um velho lobo ranzinza
Que espera por sua morte
Ou por um pouco de amor e paz"

o amor já havia sido enterrado quando começamos a escrever sobre eleOnde histórias criam vida. Descubra agora