meus olhos são buracos negros
adormecidos pela submissão
meus olhos são buracos negros
que matam milhões
que machucam milhares
que acabam com países
que afogam ilhas
que enterram desertos e montanhas
que travam guerras internas
onde alguns se perdem e não voltam mais
são hipnotizados
se matam nas imensidões que tenho no meio da cara
e as xotas gozam
e as mulheres não entendem
só as paredes e o papel conseguem encará-los
e o quando dou uma fitada no espelho
os vejo, hipnóticos como um relógio de bolso
por instantes me sinto acusado
e retorno a cama e retorno a solidão
só ela que gosta dos meus olhos
só ela e a escuridão dentro deles
que suga a luz dos postes e faróis
que dá um tom sombrio para os poemas de Whitman, Bukowski, Alighieri...
que dá um tom sombrio para a noite
e a noite os ama também
olho para o teto
ele se parte ao meio
as estrelas então entram na vista
e são sugadas, destruídas
pego então vinho e bebo
o vinho também ama os olhos
e você o que acha dos meus olhos?
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o amor já havia sido enterrado quando começamos a escrever sobre ele
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