Sóbria da Realidade

Capítulo 2

Sem reação é como eu estou, sem saber o que fazer, eu o amo tanto. A pergunta que vaga na minha mente" por que ele faria isso, o porquê ele fez isso?"
Coloco o celular dele onde estava, e me deito, com as lágrimas caindo em silêncio molhando o travesseiro.
No dia seguinte eu estava disposta a reconquistar ele, eu o amo, ele me ama não é?! Sim ele me ama.
Arrumei uma mesa de café da manhã incrivelmente perfeita, cada detalhe, como no início do casamento. Me sento em uma das cadeiras, sendo uma de frente para outra, e logo Eduard aparece, sua expressão é de surpreso e ao mesmo tempo de confuso.
-- você arrumou para nós?
Pergunta ainda desconfiado
-- Claro meu amor, faz tempo que não temos um tempo para nós.
Ele me encara, perdido em seus
pensamentos.
-- Há sim! Claro.
Foi a resposta dele. Meu coração está como se tivesse passado um caminhão por cima, eu estava machucada por dentro.
Comemos em silêncio, só se ouvia o barulho dos talheres e da comida sendo mastigada. Quando acabamos de comer ele se levanta, corro até a frente dele, e vou para beijá-lo, mas ele se desvia.
-- precisamos conversar.
Meu coração já está se apertando, não consigo segurar as lágrimas.
-- eu sei, eu sei de tudo!!!
Falo em meio aos soluços. Ele não diz nada, seu rosto está pálido, sem reação alguma.
-- mas eu queria saber o porquê, por que você fez isso, você não me ama mais?!
Ele está completamente pálido
-- eu... eu... você quer a verdade?
Concordo com a cabeça, ele coça a testa
-- eu te amei muito, muito mesmo, mas agora...
Ele respira fundo
-- ... nós não conservamos esse amor, e eu conheci outra pessoa, não quero te deixar magoada, mas para que exista um amor eterno teríamos que tê-lo preservado, e quando não se faz isso ele se vai, se perde.
Eu não tinha palavras, o meu mundo se desabando naquele momento, as lágrimas caíam, eu estava desnorteada.
-- eu quero o divórcio.
Aquelas palavras, eu já esperava, mas era pior ainda ouvindo da sua boca, era doloroso. Concordei com a cabeça.