Sóbria da Realidade

Capítulo 8

Hoje o capítulo vai ser impactante, se preparem....

E começou a rir
-- você não se lembra?
Eu fiquei estática, como assim não lembra?lembrar de que? Meu Deus, não...não pode ter sido
-- pera... hoje, quer dizer ontem, é...
-- Sim senhorita Smith
Ele deu risada, e eu ainda estava encabulada
-- hoje o seu atraso está perdoado, mas que não aconteça mais
-- sim senhor, com licença
Saí da sala dando risada de mim mesma, como eu pude... na verdade eu nem lembro de nada. Caterine ficou sem entender ao ver eu saindo da sala dele dando risada, quis debochar da cara dela, mas prefirir passar direto. Com o meu trabalho atrasado não conseguir ir almoçar, já está dando quase o horário para eu ser liberada
-- Conseguiu colocar em dia seu trabalho?
Era Jasper encostando na porta de braços cruzados
-- estou terminado nesse exato momento.
Terminei de digitar e já estava desligando o computador
-- já que terminou o que acha de sair pra comer? Por quê sei que você não almoçou.
Estava um clima meio estranho alguma coisa me dizia que não, mas porquê não?
-- Claro seria ótimo. Estou morrendo de fome.
-- Então vamos.
Saímos da sala um do lado do outro, e eu adorei a cara de Caterine, passei por ela de nariz empinado. Fomos no carro dele, ao chegamos no local era lindo.
-- Até que você não tem mal gosto.
Ele colocou a mão no coração fingindo se  sentir ofendido
-- vamos
Deu espaço para eu passar. Lanchamos e foi até bom, ele foi me deixar em casa, quando chegamos Jasper colocou a mão na minha coxa
-- você não se lembra de ontem, mas saiba que foi muito bom
Não gostei daquilo, tirei a mão dele de cima de mim
-- Jasper não me sinto confortável, nós só saimos para lanchar e tivemos uma noite na qual eu nem me lembro
Ele abriu um sorriso, passou a língua pelo seus lábios
-- se você colaborar vai ser bem mais fácil
Eu estava sem entender, estava saindo do carro quando ele segurou a minha mão
-- senhorita, senhorita Smith, onde pensa que vai?
-- solta a minha mão
-- eu posso acabar com a sua carreira sua mulher imprestável
Eu comecei a gritar pedindo por socorro, mas a rua estava vazia, não tinha ninguém
-- entenda uma coisa senhorita...
Ele me puxou e trancou a porta
--  Eu sou seu chefe, eu te pago para trabalhar sua inútil, você não vai fazer mais do que o seu dever em me satisfazer. Seu currículo é perfeito, mas quis trabalhar como secretária, uma simples secretária.
 

Abro meus olhos, tento me levantar, mas estou toda dolorida, flashbacks vem na minha mente e começo a chorar. Escuto a porta sendo aberta
-- Bom dia senhorita Smith, como seu chefe te autorizo a faltar no trabalho, espero que descanse bem
Ele nem espera eu falar e sai trancando à porta. Deitada naquela cama, lágrimas silenciosas escorrendo pelo meu rosto e caindo em minha orelha, a dor fisicamente e emocionalmente me ocupam por inteiro, me dá uma vontade de gritar, mas estou tão fraca que não consigo, um sentimento que não tem explicação. Só consigo pensar que isso não pode ser real, tantas coisas que já me fizeram mal que o melhor a se fazer é desistir dessa vida.