67. Rejeito

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Não sei por que
me olha assim,
procurando alguma coisa
sua em me,
mas isto é impossível,
eu não me pareço
com seu desequilíbrio.
Você corre para frente do trem!
Você rir da sua desgraça meu bem,
eu não me levo nesta estrada.
E quando você aceitou
minha ida e logo depois
mordeu minha linha de tempo
só para suas duras mãos!
Eu trêmulava com aquela voz,
mas me empedia de chorar para você!
É que não sei por que,
não sei por que me olha assim,
está descuidando de si mesmo,
olhe nos seus olhos
eles me mostram tudo.
Pensando nisso lhe afirmo,
estamos sustentados somente
em nossos estados de alusão.

Então se quiser seguir
comigo não me peça mais
um largo tempo de mim,
pare de querer minha
vida atada a sua,
onde estamos?
Você ainda acha
que temos caminhos,
nos seus sonhos
crer que vamos nos encontrar?
Não! Não vamos mais.
Está quebrada esta xícara.
Não não,
não sei por que me olha assim
vai se sufocar com suas
enganosas expectativas,
não sou sua ilha,
sou simplesmente Adeus.
Sou uma tarde feliz
e um encontro quê quis
ser tua eternidade.

Coletânea de Poemas - Os meus e os delaOnde histórias criam vida. Descubra agora