28. Olímpia

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Quem diria para Olímpia
que tinha me como posse
esta moçoila afinada na palavra
refutava idéia poética
Olímpia sabia que eu era euforia
dispersa na ilha extinta 
de correntes sentimentais
Olímpia, Olímpia
culta fagulha de pilhagem,
para os que idealizam
ter diploma de malandragem,
serão ébrios sem nem ver
o salteamento em seus corações.
Quem diria para Olímpia
que tinha me como posse,
esta duquesa bem eclética
gargalhava sem ver a hora
mas não desisti sem demora
de arrematar esta oferta
quem diria para Olímpia,
já digo que sou liberto
mas, por talvez dias aéreos
que enfermo do sentir estivesse
releio e quase quedo neste
júbilo sem cambiar, até avanço crônico
eu, Olímpia e sã aurora mais
harmônica em nós
quem diria para Olímpia.

Coletânea de Poemas - Os meus e os delaOnde histórias criam vida. Descubra agora